Venho dizendo nesse espaço há um bom tempo que, infelizmente, se estão criando nesse país algumas situações que tendem somente a complicar nosso futuro.

Escrevi no dia 25.01.25 “as opções de geopolítica nos últimos tempos tem estabelecido uma certa preocupação para o futuro de nosso país…”.
Além disso, nosso país enfrenta situações muito ruins na parte econômica interna como o não controle do déficit público/dívida pública que eleva os juros a patamares estratosféricos; política fiscal de elevar tributos e não cortar despesas; o arcabouço fiscal que já “nasceu morto” como afirmei à época, sendo somente jogada de marketing para trocar o teto de gastos que era um mecanismo mais fácil mas comprometia muito mais o governo de plantão; a opção brasileira de se aliar à China, Rússia, Irã, Venezuela e outros países ditadores; iniciar campanha para trocar o dólar por alguma outra moeda internacional ( que não funcionaria pois quem aceitaria moedas de países não sólidos ); dividir o país em nós contra eles, ricos e pobres, entre outras.
Venho alertando desde antes de janeiro, em outros artigos, que o governo brasileiro que as ações que se estava tomando complicariam em muito nossas relações comerciais com o maior país do mundo: os Estados Unidos. E não deu outra.
Logo depois da posse de Trump, ele ALERTOU O BRASIL e o BRICS. Dia 21.01.25 Trump comentou em tom de alerta que se o BRICS e, notadamente, o Brasil continuassem com discurso contra a América, taxações e mais taxações seriam impostas.
Tivemos sorte de sermos taxados só em 10% no começo do ano. Isso, em termos comparativos, até aumentou a competitividade do Brasil pois quase todos os outros países que concorrem com o Brasil na exportação receberam taxas maiores na época. Se éramos competitivos até 2024, seríamos muito mais em Janeiro pois os produtos de países concorrentes, principalmente da China, ficaram mais caros que os nossos. Quase ninguém viu assim, principalmente da grande imprensa. Só pauladas no Trump.
O que o Brasil fez de janeiro até hoje?

Muitos “analistas” da grande imprensa disseram ontem que o governo foi tomado de surpresa. Como assim? A forma de TRUMP ver o Brasil, o BRICS, Bolsonaro, o mundo já está aí, no mínimo, desde o ano passado. Sem contar na gestão dele anterior.
Essas taxações, se mantidas, são muito maléficas para o nosso país. A gota d´água foi as falas no BRICS? Creio que sim.
O que sei é que a narrativa já está pronta.
Reciprocidade? Será escalar mais ainda o conflito. Mas, talvez, para piorar ainda mais, esse é o caminho que será adotado. Do confronto. Tomara que não e que alguém consiga contornar tudo isso.
Sei também que esse país vai mudar do antes e depois de Trump.
E nós, povo e empresas, que não queremos saber de popularidade ou de eleições em 2026 e, sim, de saúde, educação, melhor qualidade de vida, emprego, segurança é que vamos pagar a conta. Como sempre.
Pense nisso e sucesso.
Adelgides Stefenon é economista, mestre em marketing, consultor
nacional e internacional, professor universitário por 25 anos e
proprietário da Prestige Imóveis Especiais.