OS POCA VOIA

Entrei num supermercado a procura do PASSE BEM, não encontrei, então chamei a supervisora para me ajudar. De mãos no bolso ela me conduziu até o dito cujo e, sem tirar as mãos do bolso, apontou, com a cabeça, e falou: “está aí”. Agradeci ironizando “obrigado, passe bem” e, balbuciando, acrescentei: “sem as mãos no bolso”. Nesta segunda fui a outro supermercado e não encontrava o “cream cheese”, encostado no balcão da padaria tinha um jovem de papo e eu falei: “ei gurizão, me ajuda a encontrar o cream cheese?” e ele falou “não posso, estou na folga”. E eu retruquei: “não vai me ajudar nem na defesa de teu emprego”? E me mandei. Neste mesmo supermercado, ao passar no caixa, a empacotadora estava com as mãos no bolso e eu? “Empacotando as compras”. Nesta quarta fui a um mercado e tinha um rapaz repondo o estoque de leite, pedi a ele que me alcançasse uma caixa, ele me deu uma amassada, eu falei, candidamente: “me dá uma que não esteja amassada” e ele retrucou, depois da troca: “o leite que está na caixa não amassada é melhor do que aquele que está na caixa amassada”. Indelicado, ele não entendeu que, aquela caixa amassada não deveria estar ali, aprendi com Moysés Michelon que debitava para os motoristas as caixas que voltavam amassadas pois os clientes “não compram biscoitos de latas que estão amassadas“ este era o argumento mortal de Moysés. Essas coisas acontecem com vocês ou “le me toca tute a mi” como se ouvia, frequentemente, da boca dos desafortunados, lá em BARRACÃOCITY? Neste momento eu defendi a vinda da robotização e da inteligência artificial pois as empresas não precisam de funcionários assim, que se fosse índios o codinome não seria Geronimo, ou Cochise, ou Toro Loco, seria “poca voia”, traduzindo do italiano “pouca vontade”. Me impressiona o descaso dos jovens, de modo geral, em relação a evolução profissional e ao futuro. Quando eu era guri, em BARRACÃOCITY, se eu andasse de mão no bolso, mesmo nos meus 06 anos, meu avô logo encontrava uma coisa para eu fazer, ou limpar as folhas caídas das plantas no pátio, ou limpar o “riacho” pelo qual corria a água derivada da pia da cozinha, eta tarefa ingrata essa que fazia juz a ter uma calça “sem bolsos” mas, onde é que eu guardaria minha funda e minhas vieras? Ao rever o meu passado histórico em que pior do que a disciplina rígida de meu avô foi a disciplina do “MARISTA SCHOOL”: castigo atrás do quadro negro durante as aulas; contra a parede depois da aula; escrever 100 vezes “não devo atirar papeizinhos”. Buau, eu nunca atirei papeizinhos na sala de aula! Acontece que eu não fazia os temas de casa porque ninguém sabia me ensinar e, na aula eu era tímido, vindo do meio rural para a cidade cheia de espertinhos querendo me imputar culpas imaginárias e criativas. Ralei, ralei pesado mas hoje, vejo meu saber e minha liderança tendo que se curvar aos “POCA VOIA”, contendo a indignação e prostração. E, querem saber mais? Não vejo haitianos e nem venezuelanos de mão no bolso, são brasileiros mesmo, desafortunados. Conheço o Haiti, vi gente faminta aos montes sentadas a beira do caminho. Os venezuelanos estão fugindo de um governo opressor, eles dão valor a vida, ao emprego, às oportunidades. Jamais te diriam “estou de folga”, jamais estariam de “mãos no bolso” por darem valor ao emprego. O máximo que tenho ouvido deles é um humilde “não sei” e tudo que eu possa saber deles, família e, principalmente, a saudade de casa, do seu país, eles me contam, resignados. Que cenário lamentável a juventude de nosso Brasil!

A SALVAÇÃO E A FRUSTRAÇÃO

Nos tempos idos de caçador de perdizes lá fomos eu, meu pai e meu padrinho Luís, ambos já falecidos
rumo aos campos de Cachoeira do Sul. Estacionamos o carro no sopé das colinas e partimos, eu para um
lado, eles para o outro, eles exímios caçadores, eu “aprendiz de feiticeiro”. Fui passando cerca, mais uma, outra e cheguei no alto da colina. Ao ultra passar a última cerca no meu lado esquerdo tinha três bois pastando, não dei bola e eles também, de vem ter pensado “esse cara é maluco, não vale a pena chifrar”. Avancei e, para meu espanto, a cada passo que eu dava um bando de perdizes levantavam voo, meu cachorro, emprestado pelo meu pai, sentou e deve ter pensado “que bom, hoje eu não preciso trabalhar”. Me preparei e, em curto espaço de tempo, abati 15 perdizes, a cota permitida pela lei. Às pendurei no colete e sentei, orgulhoso, para admirar a linda paisagem, era linda mesmo. E observei, vindo lá debaixo, bem longe, um trator com reboque. De repente ali estava ele ao meu lado. O rapaz desceu e falou “o senhor é caçador novo, inexperiente” no que eu respondi “sim” e ele “logo se vê” e eu interpelei “como assim?” e ele foi explicando “o senhor tá vendo aqueles bois ali?”, “sim, passei por eles e os cumprimentei”, eu respondi, “pois é, eles são nossos, são muito brabos, o senhor está caçando em nossas
terras, é melhor o senhor subir aqui antes que alguma coisa lhe aconteça”. Pedi desculpas e indaguei “e as perdizes?” ele respondeu “não tem problema, são suas, estou aqui não por elas mas pela sua segurança”. Agradeci, subi na carreta e lá fui eu, de carona, colina abaixo, não sem antes dar uma olhada para os zebus que devem ter balbuciado, mesmo com pasto entre os dentes: “covarde!”. Chegando no carro, sentado a sombra, fiquei à espera da dupla e fazendo as contas: 15+15+15 são 45 “minha mãe vai ter muito trabalho”, pensei. De repente lá vieram eles de mãos, quer dizer, de coletes vazios, nem sequer um ratão de banhado pendurado. Aí tive que refazer as contas: 15+0+0=15, a Dilma diria 15 mais dois zeros igual dois zeros mais 15. Ai, o meu padrinho Luís pendurou as perdizes no espelho do carro. Era costume, na época de caçadores exibicionistas. Partimos e, uma hora depois, parei num posto de combustível para abastecer, eu estava dirigindo. Aí questionei “cadê as minhas perdizes?” e o Luís respondeu “estavam aqui”. Mal amarradas nós, nós não, ele, as perdemos“, na beira do caminho”. A Dilma, iria ficar louca ao refazer as contas: “0+0+ as 15 perdidas é igual a 15 porque se foram caçadas, mesmo perdidas, tem que somar na conta”. Fui tomado por uma fúria quase que incontrolável, mas, de repente me lembrei daquele olhar maligno dos zebus e me acalmei: “eu estava vivo”. Mesma sorte não teve Lauro Neves, 80 anos, que lá no interior de Soledade, nesta quarta–feira, foi morto por um touro quando passava por uma fazenda. Chamada a Brigada o animal mortal partiu pra cima dos brigadianos e foi abatido com 3 tiros de fuzil. Poderia ter sido eu o “herói morto”! Agora eu sou fã do ditado de assistente de touradas espanholas que, do alto da arquibancada, gritou “que vienga el toro pero desmembrado em bifes”.

O HOSPITAL

A construção da ideia e execução do HOSPITAL MUNICIPAL, nascedouro do Prefeito Lunelli e “menina dos olhos” do Prefeito Diogo, desde que era secretário da saúde, tem sua complexidade pois deixar de aproveitar instalações mesmo que deficitárias, do septuagenário Hospital Walter Galassi, era imperativo. DIOGO o reformou todo, desde o telhado, inclusive com aquecimento solar, e o remodelou partindo da concepção de integrá-lo de forma eficiente ao COMPLEXO HOSPITALAR construído como anexo, mas, formatado como principal obra do agora chamado de HOSPITAL MUNICIPAL. A convite do Prefeito estive visitando as instalações que ele conceitua como de “primeiro mundo” e que estão 80% concluídas. Na visita ele particularizou a importância da INSTITUIÇÃO para desobstruir o gargalo que se formou em torno do atendimento na saúde que está sempre atrelado ao trinômio UPA – TACCHINI – HOSPITAL MUNICIPAL. A edificação trouxe muita dor de cabeça ao Prefeito porque também foi envolvida em contratações de obras certas, não concretizadas, ou mal feitas, tudo agora resolvido pela ação obstinada que resultou em dependências com instalações exemplares dentro da moderna tecnologia. Não notei no Prefeito qualquer vaidade, que assaltam alguns políticos, mas sim o sentimento do orgulho compartilhado e do dever cumprido além da consciência de que a população deve se orgulhar do trabalho que está sendo feito no campo da saúde inclusive em direção ao futuro “vamos crescer 15 mil habitantes por ano, precisamos estar preparados” disse o Prefeito Diogo.

CURTAS E PODEROSAS

  • CAMINHAR MAIS DE 7 MIL PASSOS POR DIA AFASTA A DEPRESSÃO, CONCLUI ESTUDO.
  • APENAS 16% DOS BRASILEIROS APROVAM TRABALHO DOS MINISTROS DO STF.
  • DESMATAMENTO NA AMAZÔNIA CRESCEU 92% NO MÊS DE MAIO.
  • APENAS DOIS PAÍSES SOBREVIVERIAM À GUERRA NUCLEAR APÓS 5 BILHÕES MORREREM EM 72 HORAS, DIZ ESPECIALISTA SOBRE O ASSUNTO
  • REINO UNIDO INICIA APLICAÇÃO DE VACINA INÉDITA CONTRA 15 TIPOS DE CÂNCER.
  • A CADA 2 HORAS UM MÉDICO É VITIMA DE VIOLÊNCIA EM ESTABELECIMENTOS DE SAÚDE NO BRASIL, REVELA LEVANTAMENTO DO CFM.
  • O NOME MASCULINO MAIS BONITO, DE ACORDO COM A CIÊNCIA É ZAYN. ESTE NOME TEM ORIGEM ÁRABE E SIGNIFICA “BELEZA”, “GRAÇA”, OU “PURO”. É UMA VARIANTE DE “ZAYN” OU “ZAIN”, QUE REFLETE ELEGÂNCIA E CHARME, MUITAS VEZES ASSOCIADO A ALGUÉM DE PERSONALIDADE CATIVANTE E HARMONIOSA. FOI ELEITO COM BASE EM ASPECTOS COMO SONORIDADE, FLUIDEZ FONÉTICA E IMPACTO EMOCIONAL.