No dicionário Aurélio a palavra questiúncula consta como “discussão sem importância”.
O importante é saber se o que importa para mim é o que também interessa para os outros.
Não posso denominar de questiúncula uma conversa com um filho quando, como pai, sou inquirido sobre uma dúvida. As dúvidas dos filhos devem ser tratadas em família e agradecer a Deus por podermos participar dos esclarecimentos.
No ambiente de trabalho, algumas questiúnculas geraram soluções que impediram muitos desastres nos empreendimentos. Pessoas pacientes e atentas, líderes, tiveram humildade para ouvir as colocações de todas as partes envolvidas nos processos.
Para conhecer um “nariz empinado” é só presenciar uma reunião onde alguém tenta menosprezar os argumentos divergentes alegando ser questiúncula. Nestes casos, o conselho é silenciar, sem considerar humilhação. As pessoas inteligentes que vivenciam tais fatos sabem avaliar situações desta natureza.
No mundo dos políticos é comum situações em que o uso da palavra questiúncula visa diminuir os argumentos do adversário. É por isto que está instalada a bagunça no país.
Ter a capacidade de ouvir críticas e sugestões deveria ter o mesmo peso quantitativo e qualitativo dos elogios recebidos para quem os recebe. Uma pena que o puxa-saquismo (no Aurélio consta também como bajulador) seja muito valorizado.
Lembro de uma festa em Pinto Bandeira onde a missa antecedia o almoço no salão paroquial e, costume da época, pombos eram soltos enquanto o campanário da igreja badalava os sinos. A revoada dos pássaros era a atração do final da missa.
Ouvi um bater de asas na frente da igreja e sai ligeiro, durante a missa, para não perder a atração da revoada. Ledo engano! Eram políticos que haviam chegado (atrasados) e cumprimentavam-se batendo nas costas uns dos outros: “clap, clap, clap…”. Parecia o bater de asas dos pombos. Ainda tem disso.
Cada um com seus hábitos, questiúnculas a parte.