Sabes aquele primeiro pensamento, muitas vezes até imagem que lhe vem quando nosso cérebro processa determinada palavra?
Pois bem, o que lhe vem em mente ao ouvir uma única palavra, ABRIL? Bom, se o primeiro pensamento foi exatamente o dia primeiro de abril, reconhecido por ser o dia da mentira e sequer lembrou do dia 21 dia, do saudoso herói Tiradentes, ou, ainda, da data oficial do descobrimento do Brasil, dia 22… tudo bem.
Até porque muitos historiadores, e com base em fatos e evidências, acreditam que, muito antes que nossas palmeiras tenham sido vistas e as ondas deste nosso litoral tenham salgado o casco de alguma caravela, estaríamos diante então de nossa primeira pegadinha do primeiro de abril.
Assunto dos tempos de quinta série, dirão muitos, em que a mentira, com acentuado sabor amargo ou doce, se torna armadilha perfeita para o cérebro numa fagulha de segundos. Trata-se de entender como verdadeira a abordagem e, assim, a vítima de tal armação, rir ou lamentar-se pelo fato de estar diante da mais pura e, espera-se, inocente mentira.
Quisera abril nos reservar somente tais brincadeiras do seu dia primeiro, embora algumas até pareçam. No entanto, e pelo contrário, revela a mais pura, embaraçosa, ardil e covarde realidade.
Estou objetivamente me referindo à fraude do INSS, a “bagatela” de cerca de 6,3 bilhões de reais, onde aposentados, muitos dos quais sem conhecimento e/ou acesso à internet para consultar extrato de seus proventos/depósitos, tiveram descontos de uma série de “entidades” que se autointitulam defensoras dos próprios aposentados.
Pasmem, tudo isso acontecendo há mais de anos e, diga-se, com diversas denúncias de aposentados, inclusive do Ministério Público, TCU (Tribunal de Contas da União) e…nada, absolutamente nada!
Sabemos, nós, mortais contribuintes, o quanto de tempo, idas e vindas, documentação – algumas vencidas, dada a morosidade do próprio processo, sendo necessário substituí-las – gastos diversos, pagamento de guias/protocolos, quando não contratação de profissionais, contadores, advogados, enfim, é necessário para provar direito e/ou requerer uma prestação de serviço de órgão público que faz jus aos impostos que pagamos.
A velha e enferrujada espada da burocracia sobre a cabeça do povo serve para evitar fraudes, dirão os dinossauros burocratas… E resolve?
Há perguntas que jamais haverão de calar: Como conseguiram tais entidades se cadastrarem como legítimas defensoras dos interesses dos aposentados? Onde se localizam? Quem são as pessoas por trás disso? Quem são os envolvidos? Quem deliberou, quem deixou de fiscalizar? Onde estava o Governo, seja este ou àquele a quem sucedeu enquanto o dinheiro, não mais público, mas que cabia ao erário público depositar na conta de cada aposentado, derramava-se em bilhões nas contas de criminosos? E agora, será que veremos culpados, condenados e efetivamente presos? Depois da prisão do Collor…uma réstia de esperança…
Pois é, mais um pouco, o que será dos já aposentados ou dos cidadãos que contam os dias e guardam consigo um calhamaço de documentos para tanto…Risco? O laudo do INSS poderá dar PT? Refiro-me à PERDA TOTAL em decorrência as seguidas investidas criminosas contra tal instituto. Afora isso, se trata de mera imaginação de vocês, caros leitores, ao processarem de pronto determinada palavra, lembram?
PARABÉNS PELO DIA DO TRABALHO!
Vamos em frente!