A entidade, fundada em 2 de abril de 2013, auxilia no recolhimento de animais, custeio de atendimento veterinário, abrigo, alimentação, encaminhamento para adoção responsável e acompanhamento pós doação
Em uma casa modesta, num bairro tranquilo de Bento Gonçalves, vidas se transformam todos os dias. Não são apenas gatos e cachorros, muitos deles machucados, abandonados ou rejeitados, que encontram acolhimento, alimento e dignidade. São também histórias de resiliência, união comunitária e amor ao próximo que nascem ali, mesmo sem uma sede física. Esta é a realidade da ONG SOS Patas e Focinhos, fundada em 2 de abril de 2013, que desde então se tornou um verdadeiro abrigo de esperança para mais de 3 mil animais ao longo de seus 12 anos de atuação.
Sem sede, mas com muitos lares temporários solidários, a entidade realiza um trabalho incansável e totalmente voluntário: resgata animais em situação de vulnerabilidade, custeia tratamentos veterinários, oferece abrigo, alimentação, vacinas e encaminha os bichinhos para adoção responsável, com direito a acompanhamento pós-doação, sempre que possível.

A engrenagem solidária
A ONG é mantida basicamente por doações espontâneas, eventos como rifas, jantares beneficentes e bingos, além da participação no programa Nota Fiscal Gaúcha (PNFG). Contudo, a tesoureira da ONG, Marly Emília Andreoli, alerta: “O tripé que sustenta o nosso trabalho, abrigo, verba e voluntariado, está enfraquecido. Sem ajuda, não conseguimos atender nem parte da demanda”, salienta.
Atualmente, estão sob os cuidados da Patas e Focinhos 40 gatos e 32 cães, muitos deles sem perspectivas de adoção por conta da idade avançada, porte grande, comportamento mais arisco ou sequelas físicas. “Esses acabam ficando nos lares temporários por tempo indeterminado. As despesas são diárias e crescem sem parar”, conta Marly.
Apesar dos desafios, o trabalho da ONG segue firme. Em média, 20 animais são acolhidos mensalmente, número que já chegou a 30 nos primeiros anos de atuação. Todos recebem cuidados essenciais: ração, vermífugo, antipulgas, vacinas e, sempre que necessário, cirurgia ou fisioterapia.

Adoção responsável e criteriosa
O processo de adoção é levado com seriedade: os candidatos preenchem um formulário detalhado, passam por entrevista e, quando possível, são visitados pelas voluntárias da ONG. “A gente faz o possível para garantir que o animal vá para um lar seguro e permanente. Mas, infelizmente, faltam pessoas para ajudar com esse acompanhamento”, explica Marly.
Sem voluntários suficientes, muitos dos processos de pós-adoção são feitos por mensagens e vídeos enviados pelos adotantes. “Queremos muito fazer mais, mas nos falta gente”, reforça a tesoureira.

Ajuda financeira urgente
No momento, a maior necessidade da ONG é financeira. Clínicas veterinárias e lojas de ração estão com pagamentos pendentes. A ajuda pode ser feita via PIX para o CNPJ 18.483.041/0001-41. Também é possível doar ração, medicamentos, tempo para o voluntário ou espaço como lar temporário.
Além disso, a ONG organizou diversas ações para este ano para arrecadar fundos e estimular adoções:
- Feira de Adoção Jimmy – 26 de abril;
- Desfile Pet e Feira de Adoção – 4 de maio;
- Jantar de Aniversário – 16 de maio, no Clube Botafogo;
- Bazar/Brechó – retomada em 2025;
- Passeio Ciclístico – outubro;
- Rifa com sorteio em dezembro (talões disponíveis).
Apelo
Marly encerra com um apelo emocionado: “Se cada um ajudar um pouquinho, com dinheiro, tempo ou abrigo, conseguimos seguir salvando vidas. Sem a ajuda da comunidade, nada disso seria possível”, conclui.
Como ajudar:
- Contribuindo com valor mensal, boleto ou pix/depósito na conta da entidade;
- Fazendo doação de ração e medicamentos;
- Sendo lar temporário;
- Ajudando nas feiras de adoção, pedágios e eventos;
- Contribuindo com a compra de cota de patrocínio nos eventos;
- Compartilhando as publicações informativas da ong;
- Verba: dinheiro para bancar as despesas com tratamentos veterinários, exames, castrações, vermífugo, vacinas, antipulgas, carrapaticida,fisioterapia;
- Voluntariado: presença nas feiras de adoção, presença nos pedágios solidários, venda de ingressos/rifa, captação de padrinhos e contribuintes.