Passei horas “ligadão” na TV ouvindo e vendo o Supremo Tribunal Federal, os deputados e os demais personagens, jurídicos e políticos, que encenaram o atual drama do Brasil. Quanta besteira! Era vossa excelência daqui, vossa excelência acolá e discussões sobre o “sexo dos anjos” que não levavam a lugar algum.
Lembrei-me de Einstein: “Se você não pode explicar de forma simples, então você não entendeu muito bem o que tem a dizer”.
Nos pronunciamentos dos Deputados lembrei-me de Jesus: “Pai! Perdoai pois não sabem o que dizem”. Os deputados sabiam o que estavam fazendo mas muitos não sabiam o que estavam dizendo.
Teve um deputado que se referindo a todos falou tudo no singular, engolindo os “esses” como se eles não fizessem parte da língua portuguesa. Deve ter sido eleito por todos os analfabeto (sem “s”).
Vez por outro me encolhia no sofá imaginando o vexame do meu Brasil, visto por pessoas inteligentes, de dentro e fora do meu país.
Quando chegou a vez do Deputado Tiririca, me cobri com duas almofadas. Seria o ápice do vexame. Que nada: ele foi curto e grosso. Disse apenas “Sim”. Muita gente deveria seguir o exemplo.
Fiquei conformado quando meu netinho, de apenas dois anos, ao voltar do Aparecida, chegou com uma novidade: “A Isadora é minha colega e o Augusto é meu “colego”. Depois que o Brasil adotou a denominação “presidenta” poderia ser o estudante e a “estudanta”.
Mais difícil ainda é explicar para uma criança, ou para um “crianço”, que “Vossa Excelência” é um título de dignidade. Eram tantos os políticos dizendo: “Vossa excelência é um corrupto”, “Vossa excelência é um ladrão” e tantos outros desqualificativos que o programa deveria ser proibido para menores de idade e estudantes.
Virá o dia em que a gurizada vai tirar a desforra de uma briga xingando o outro com um veemente “você é um vossa excelência!”
Ainda bem que dignas autoridades merecem o título. Oremos!
Fico feliz em ter você, leitor e leitora, apreciando meus escritos. Vez por outra também resvalo no português, o que também é vexame.