Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS) conquistou o Prêmio Mulheres e Ciência – Edição 2024 na categoria Mérito Institucional

Trata-se de uma iniciativa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) em parceria com o Ministério das Mulheres, o British Council no Brasil e a Corporação Andina de Fomento (CAF).

Esta é a primeira edição do prêmio, que tem como objetivo promover e valorizar a diversidade, a pluralidade e a participação de mulheres nas carreiras de ciência, tecnologia e inovação. Na categoria Mérito Institucional, 27 propostas foram submetidas por instituições de ensino superior ou institutos de pesquisa, sendo três premiadas.

O Instituto receberá R$ 50 mil para investir no desenvolvimento de ações voltadas à promoção da igualdade de gênero. A cerimônia de entrega da condecoração ocorrerá em Brasília, em 12 de março de 2025.

Como parte da proposta submetida ao edital do CNPq, o IFRS aderiu ao Marco Referencial para a Igualdade de Gênero em Instituições de Ensino Superior no Brasil, do British Council. Para a assessora de Gênero e Sexualidade do IFRS, Lauren Nunes, a adesão impulsionará mais mudanças institucionais para enfrentar a discriminação, eliminar práticas excludentes e transformar comportamentos na educação e na pesquisa. “A instituição ganha uma ferramenta poderosa para fortalecer e qualificar seu compromisso com a equidade de gênero, garantindo que esse trabalho continue avançando”, avalia.

Um plano de ação também foi apresentado pelo IFRS e será concretizado com os recursos da premiação. Entre as atividades previstas, está a expansão do edital Meninas na Ciência, para estimular projetos de pesquisa desenvolvidos por alunas, além da promoção de outras iniciativas que incentivem a participação feminina em áreas como Ciências, Tecnologias, Engenharias e Matemática.

Em sua trajetória institucional, o IFRS implantou diretrizes e ações para a construção de um ambiente inclusivo e diverso, que foram explicitadas na proposta ao Prêmio Mulheres e Ciência. A instituição conta com Núcleos de Estudos e Pesquisas em Gênero e Sexualidade (Nepgs) em cada um de seus 17 campi. Os Nepgs foram regulamentados em 2017 e são responsáveis por promover ações relacionadas a corpo, gênero e sexualidade, incluindo eventos, cursos e projetos de extensão.

No ano de 2020, o IFRS tornou-se o primeiro Instituto Federal do Brasil a implementar uma política institucional de prevenção e combate ao assédio e à violência. Já em 2021, foi implantada a Assessoria de Gênero e Sexualidade, para atuar no planejamento e na execução de políticas voltadas a essas temáticas, juntamente com as assessorias de Relações Étnico-Raciais e de Ações Afirmativas, Inclusivas e Diversidade.

No âmbito da extensão, o IFRS aderiu ao Programa Mulheres Mil, do governo federal, ofertando 550 vagas em cursos para mulheres em situação de vulnerabilidade social. Outra ação desenvolvida recentemente foi a implementação de fraldários e espaços de amamentação em todas as unidades, além da realização de capacitações em gênero, sexualidade e prevenção de violências.