De novo, estamos tendo em nosso país os objetivos de partidos políticos sendo colocados à frente de objetivos mais sólidos para o povo brasileiro. Novamente se vê um governo federal apresentando plano de corte de gastos onde o que menos se viu foi o corte de gastos e o que mais se demonstrou foi o pensamento enraizado na cúpula governamental de primeiro ganhar as eleições, depois resolvemos os problemas econômicos.
Já escrevi aqui muitas vezes que vários governos não se preocuparam com as contas públicas e escrevi, também, que nunca se viu uma situação tão dramática de déficit no orçamento federal cada dia aumentando mais e que já passa de 1 trilhão de Reais ( eu disse 1 trilhão de Reais ) e, pelo que se demonstra, muitos não estão nem aí.
Que o futuro se exploda, que as contas explodam desde que eu ganhe as próximas eleições. Parece que é isso que se demonstra pela apresentação do plano de corte de gastos feita essa semana pelo ministro Haddad que, segundo muitos, foi mais campanha política do que plano de redução de despesas.
Os menos avisados (não eu), antes das ultimas eleições governamentais apostaram que esse período do PT na presidência poderia ser diferente dos anteriores com maior preocupação com as contas públicas. Muitos economistas de renome (Meireles, Malan, Armínio Fraga e outros) colocaram seu nome em jogo apostando no PT e estão se dando mal pois, mesmo com algumas notícias positivas como no emprego e no PIB desse ano, o rombo nas contas públicas está tão preocupante que já se está pensando em “default”, ou seja, o governo não conseguiria pagar a dívida pública.
Esse anúncio dessa semana, tendo alguns pontos aceitáveis, não transpareceu nada bom com o futuro do país. Os itens positivos foram quase que totalmente engolidos pela sensação de falta de comprometimento da presidência e do PT com os gastos que, esses sim, estão gerando aumento da taxa de juros que vão continuar aumentando, afetando imensamente o futuro de quem mais gera emprego e renda.
Parece que acreditam que o importante é ganhar votos nas próximas eleições e que os cortes precisam ser feitos pelo congresso. Parece jogada política para ficar bem na foto.
Dólar, nesse momento (29/11/24, 14:23h) está 6,01, maior marca da história do Plano Real e chegou a 6,10 mais cedo. Essa desvalorização do Real é muito ruim para todos nós brasileiros pois, além de ficarmos mais pobres perante o resto do mundo pois precisamos gastar mais para nos equipararmos a outros países, isso pode elevar a inflação a níveis bem mais altos.
Esse momento é grave e poucos estão se dando conta. O que é pior: o governo federal parece não estar nem aí. Corremos o risco de perdermos tudo de bom do plano real. Para rolar nossa dívida pública, o governo terá que pagar mais juros até o limite que os agentes econômicos queiram emprestar. Quando não quiserem mais por risco de não pagamento, será o caos.
Dilma falou em “estocar o vento”. Agora, o governo federal está cortando vento.
O marketing político não conseguirá salvar a catástrofe econômica quando acontecer.
Pense nisso e nunca dependa dos governos. Sucesso.