No total, o prejuízo, com a perda estimada de 10 toneladas de uva, pode ultrapassar os R$300 mil. Os proprietários denunciaram o ocorrido

Na segunda-feira, 11 de novembro, a família Cobalchini, da comunidade São Valentim, em Bento Gonçalves, denunciou um ataque à plantação de uvas de mesa e de variedades comerciais, após constatar que várias fileiras de parreiras foram envenenadas. A suspeita foi confirmada por especialistas, e o caso foi registrado na delegacia de polícia.

Segundo Taciane Cobalchini, filha de um dos proprietários e sobrinha do coproprietário, a família se deu conta do ocorrido na manhã de 1º de novembro, quando seu pai e o seu tio chegaram à propriedade e notaram que as folhas das parreiras estavam murchas e secando. “Na hora, eles já tinham certeza que havia sido passado alguma coisa, que não estava normal”, relata Taciane, ainda abalada.

Para entender o que aconteceu, a família chamou um agrônomo, que recolheu amostras das plantas afetadas para análise, processo que leva até 15 dias para apresentar resultados. Taciane destaca que a parte atingida foi tratada com o mesmo cuidado que outras áreas da propriedade e que nenhum erro de manejo por parte da família poderia justificar o dano específico a algumas fileiras. “Perdemos em torno de 50% da produção”, lamenta. Dos 13 conjuntos de parreiras de uva de mesa, apenas quatro, situadas próximas à estrada, foram poupadas, enquanto nove fileiras foram gravemente afetadas.

Além das uvas de mesa, a área de Niágara, voltada para a venda direta aos turistas, também foi envenenada. Taciane explica que, naquela parte da propriedade, a família recebe visitantes, que colhem as uvas e tiram fotos, reforçando o impacto financeiro e emocional do ataque. “Agora, estamos aguardando os resultados para ver o que foi passado, mas já sabemos que as parreiras estão morrendo. Em breve, todas essas plantas terão que ser removidas”, afirmou Taciane.

O prejuízo estimado ultrapassa R$ 100 mil com a perda de cerca de 10 toneladas de uva que seriam vendidas nesta temporada. A longo prazo, os danos se agravam, pois as parreiras precisarão ser replantadas e não voltarão a produzir plenamente antes de três anos, elevando o impacto para mais de R$ 300 mil.

O caso está sendo investigado, e a família espera que as autoridades identifiquem e responsabilizem o autor deste ataque, que gerou não apenas prejuízos financeiros, mas também desestruturou o cotidiano de uma propriedade dedicada ao cultivo.