Uma análise da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) revelou que a expectativa de redução nas tarifas de energia elétrica para os consumidores brasileiros, a partir de uma medida anunciada pelo governo em abril, beneficiou principalmente os bancos, e não os usuários.

O governo havia projetado uma diminuição de 3,5% na fatura de energia ao antecipar a quitação de empréstimos das distribuidoras. A proposta visava aliviar a carga financeira sobre as contas de luz, uma vez que os encargos desses empréstimos eram repassados aos consumidores.

No entanto, segundo informações apresentadas pelo diretor da Aneel, Fernando Mosna, durante uma reunião sobre o tema, a redução real que chegou aos consumidores foi de apenas 0,02%. Isso significa que, enquanto os bancos colheram os frutos da operação, os usuários não perceberam um alívio significativo em suas faturas.

O Ministério de Minas e Energia havia estimado que essa operação poderia gerar uma economia de R$ 510 milhões, valor que deveria ser repassado para os cidadãos nas contas de energia. A discrepância entre a expectativa do governo e a realidade enfrentada pelos consumidores levanta questionamentos sobre a efetividade das políticas implementadas para reduzir os custos de energia no Brasil.