Na sexta-feira, 25 de outubro, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou uma importante mudança nas tarifas de energia elétrica em todo o Brasil: a bandeira tarifária da conta de luz será amarela durante o mês de novembro. Essa alteração é um alívio para os consumidores, especialmente considerando que, em outubro, a bandeira estava no patamar vermelho, nível dois, que implicava em custos mais elevados.
A mudança para a bandeira amarela foi viabilizada pelo aumento do volume de chuvas ao longo do mês, o que melhorou as condições de geração de energia. Com isso, o custo extra cobrado por 100 kWh consumidos cairá de R$ 7,877 para R$ 1,885, uma redução significativa que promete impactar positivamente o bolso dos brasileiros.
As bandeiras tarifárias são um mecanismo utilizado pela Aneel para sinalizar as condições de geração de energia elétrica. A bandeira verde indica condições favoráveis, sem custo adicional; a bandeira amarela reflete condições menos favoráveis, com um custo de R$ 1,88 a cada 100 kWh; e a bandeira vermelha, em seus dois patamares, sinaliza condições desfavoráveis, com custos que podem variar de R$ 4,46 a R$ 7,87 a cada 100 kWh, dependendo da severidade da situação.
Embora a mudança para a bandeira amarela seja positiva, é importante ressaltar que o Brasil enfrenta desafios no setor energético. A seca na região Norte tem impactado a geração de energia das usinas hidrelétricas, levando à necessidade de acionar usinas termelétricas, que são mais caras. Este cenário de geração de energia onera o sistema elétrico, especialmente durante os horários de pico de consumo, quando a demanda é alta e a oferta de energia renovável é limitada.
Desde abril de 2022, as contas de luz passaram por um ciclo de bandeiras verdes, interrompido apenas em julho, quando a bandeira amarela foi acionada. Em agosto, houve uma breve retomada das condições favoráveis, mas em setembro a bandeira vermelha voltou a ser acionada, aumentando a preocupação com os custos para os consumidores.