A Polícia Civil de Veranópolis está em ação contra a organização criminosa conhecida como “Os Abertos” por meio da Operação Rota 470 – Fase 2. Sob a coordenação do delegado Tiago Baldin, a operação visa desmantelar o braço financeiro da facção, focando na lavagem de dinheiro e na descapitalização de ativos relacionados ao tráfico de drogas, além de outros crimes como posse ilegal de armas e homicídios.

Com um impacto significativo, a operação já resultou em várias prisões e apreensões, com a previsão de que mais de R$ 11 milhões sejam apreendidos e bloqueados. Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos em 14 cidades do Rio Grande do Sul, incluindo locais como Veranópolis, Bento Gonçalves e Caxias do Sul, além de duas cidades de Santa Catarina: Florianópolis e São Bernardino. Para a execução da operação, 282 policiais civis, militares e rodoviários federais foram mobilizados, utilizando 95 viaturas e o apoio de cães farejadores da Polícia Rodoviária Federal.

As investigações sobre a facção começaram em 2020 e resultaram no indiciamento de 32 pessoas, das quais 8 já foram condenadas, incluindo líderes do grupo que continuavam a comandar atividades criminosas mesmo do interior do sistema penitenciário. O delegado Baldin destacou a importância da colaboração com o Grupo de Inteligência Estratégica e Financeira (GIE), que auxiliou na identificação de transações suspeitas, totalizando aproximadamente R$ 13 milhões.

Nesta sexta-feira, 4 de outubro, a operação cumpriu 44 mandados de busca e apreensão domiciliar e 46 mandados de apreensão de veículos, avaliados em cerca de R$ 3 milhões. Além disso, 59 contas bancárias, tanto de pessoas físicas quanto jurídicas, foram bloqueadas, totalizando R$ 8.700.717,83. O objetivo é coletar mais evidências contra a organização e interromper o fluxo de recursos que financia suas atividades criminosas.

A Operação Rota 470 – Fase 2 representa um passo importante na luta contra o crime organizado, buscando não apenas desmantelar a estrutura da facção “Os Abertos”, mas também garantir que seus integrantes, mesmo aqueles encarcerados, não consigam continuar suas atividades ilícitas.