A conta de luz dos brasileiros deve seguir mais cara pelo menos até dezembro, conforme alerta da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A projeção indica que será difícil retomar a bandeira verde — a única que não implica em cobrança de taxas extras — até o final do ano.
O aumento nas tarifas está ligado ao clima quente e seco que afeta grande parte do país. Essa condição eleva o consumo de eletricidade, principalmente devido ao uso intenso de ar-condicionado, ao mesmo tempo em que diminui os níveis dos reservatórios das usinas hidrelétricas. Com a redução na capacidade hídrica, o Brasil pode se tornar mais dependente das usinas térmicas, que geram uma energia mais cara.
Atualmente, está em vigor a bandeira vermelha nível 1, que adiciona R$ 4,46 a cada 100 quilowatts-hora consumidos. Se a situação se agravar e a bandeira vermelha nível 2 for acionada, o custo extra sobe para R$ 7,87 por cada 100 quilowatts-hora. Por outro lado, se houver uma melhora nas condições climáticas e a bandeira amarela for implementada, a taxa adicional diminuiria para R$ 1,88.
Em média, uma residência brasileira sem ar-condicionado consome entre 150 e 200 quilowatts-hora por mês. Com a bandeira vermelha nível 1, o acréscimo na conta de luz pode chegar a quase R$ 10 mensais. Esse aumento é um peso a mais no orçamento familiar, que já enfrenta desafios econômicos.
Diante desse cenário, a Aneel recomenda que os consumidores adotem medidas de economia de energia, a fim de minimizar os impactos nas contas de luz.