As Olimpíadas terminaram, mas o Semanário dá continuidade à sua série de reportagens, destacando a paixão dos bento-gonçalvenses pelas modalidades olímpicas que foram disputadas na cidade luz, Paris

As Olimpíadas de 2024, teve seu início na sexta-feira, 26 de julho, e seguiu até o domingo, 11 de agosto. A competição contou com 10.500 atletas de cerca de 206 países, disputando 28 esportes diferentes, com um número igual de atletas masculinos e femininos, totalizando 5.250 de cada sexo, abrangendo modalidades como, vôlei, esgrima, natação, ginástica rítmica, basquete, atletismo, ciclismo, e entre outras.
O Semanário se fez presente nesta festa esportiva, dedicando-se a mostrar diferentes modalidades olímpicas praticadas na Capital Nacional do Vinho. Agora, vamos finalizar a série de reportagens e contar a última história e trajetória no esporte. Para fecharmos com chave de ouro nossa série de reportagens escolhemos o Futebol.

Embora o futebol tenha suas raízes na China antiga, a versão moderna do jogo nasceu nas ruas da Inglaterra medieval antes de se tornar no esporte mais popular do mundo.
Os jogos antigos de futebol na Inglaterra medieval envolviam uma grande massa de pessoas que tentavam arrastar uma bexiga de porco a marcadores em extremidades opostas na cidade. Tais eventos eram bastante conhecidos tanto por serem violentos quanto populares. No século 16, as escolas inglesas estabeleceram as regras do futebol moderno, transformando assim o que eram tumultos de multidão em um esporte padronizado.

Breve resumo das regras

A competição feminina nos Jogos Olímpicos é organizada exatamente da mesma forma que os torneios da FIFA: duas equipes de 11 jogadoras disputam uma partida de 90 minutos (mais os acréscimos) dividida em dois tempos de 45 minutos em um gramado. As mesmas regras se aplicam ao torneio masculino, mas com uma pequena diferença na composição das equipes: cada uma deve ser composta inteiramente por jogadores nascidos a partir de 1º de janeiro de 2001 (23 anos no período de Paris 2024). Entretanto, três jogadores nascidos antes da data mencionada, acima do limite, podem ser incluídos na lista de convocados (18 atletas por equipe).

O futebol também é um dos poucos esportes nos Jogos que começa antes da cerimônia de abertura por conta do número de partidas.

História olímpica

O futebol foi incluído pela primeira vez no programa Olímpico nos Jogos Olimpíada de Paris 1900 e tem sido disputado em todas as edições desde então, com exceção dos Jogos de Los Angeles, em 1932 em uma tentativa de promover a recém-criada Copa do Mundo masculina da FIFA.
O futebol feminino fez sua estreia olímpica nos Jogos de Atlanta, em 1996. A Europa dominou a competição masculina até os Jogos de 1992 em Barcelona, quando a Espanha se tornou a última seleção europeia a ganhar uma medalha de ouro. Desde os Jogos Olímpicos de 1996, em Atlanta, as seleções africanas e latino-americanas conquistaram todas as medalhas de ouro.

Uma promessa

Entre os muitos brasileiros que acompanharam as Olimpíadas com entusiasmo, está Murilo Ribeiro Ecker, um jovem de 17 anos que nutre uma paixão especial pelo futebol. Ecker cresceu assistindo a jogos de futebol com seu pai, uma tradição que o acompanhou desde a infância. “Assistia muitos jogos com meu pai e ia ao estádio com ele ver os jogos, então sempre foi algo que me chamou atenção,” conta o jovem. Essa convivência alimentou sua paixão pelo esporte, que logo se transformou em um sonho de infância: ser jogador de futebol profissional.

Ele acredita que praticar o esporte, o ajudou a melhorar sua comunicação. “Acho que o futebol me ajudou muito na parte comunicativa, na formação da minha personalidade e em questão de vida profissional, é um sonho desde pequeno ser jogador”, declara.

O futebol, para Ecker, é mais do que apenas um jogo. Ele o descreve como um refúgio, um lugar onde ele pode se concentrar plenamente, deixando de lado as preocupações externas. “Mentalmente, é algo que me faz muito bem, me faz mais feliz e é um lugar onde consigo estar ali jogando sem me preocupar com o que está acontecendo fora. E fisicamente, ajuda muito também,” explica.

As memórias do futebol que ele carrega consigo são muitas, mas uma se destaca: “Todos os campeonatos que já joguei foram especiais, mas o meu primeiro campeonato quando tinha uns sete ou oito anos é o mais memorável. Era o primeiro campeonato que meus pais estavam vendo, e acho que foi isso que fez ele ser tão especial para mim”, conta com emoção.

Como muitos jovens aspirantes a jogadores de futebol, Ecker sonha em vestir a camisa do Brasil em competições internacionais. “É um sonho desde novo representar meu país em algum campeonato. Significaria a realização de um sonho e seria gratificante ver que todo o esforço estaria sendo recompensado,” diz ele, deixando claro que esse é o objetivo maior em sua carreira.

Ecker também compartilhou suas impressões sobre a performance do Brasil nas Olimpíadas de 2024. Para ele, o Brasil fez uma boa campanha, apesar de não ter alcançado o topo. “Acho que foi uma performance boa, ainda mais no futebol, onde quase ninguém acreditava que o Brasil poderia chegar até a final. Acho que precisamos melhorar em geral, porque, para um país do tamanho do Brasil, a gente sempre quer ver no topo. Mas isso leva bastante tempo e treino. Espero que na próxima Olimpíada o Brasil possa ir melhor,” reflete.

Questionado sobre o que significa vestir a camisa da Seleção Brasileira, o jogador acredita que um dia vai poder chegar lá e representar seu país. “Esse é o maior sonho de quem joga futebol. Vestir a maior camisa da história do futebol. Me preparo treinando todos os dias, tomara que algum dia isso seja possível”, diz.

O jovem jogador reconhece que a luta mental é um dos maiores desafios que enfrentou em sua jornada. “Quando as coisas não estão dando certo, penso em desistir, mas graças a Deus sempre tive minha família do meu lado que sempre me apoiou para continuar jogando,” conta.

Para aqueles que compartilham do mesmo sonho, Ecker oferece um conselho valioso: “Nunca desviem do objetivo principal, que é ser jogador. Sempre mantenham a cabeça centrada nisso e treinem muito”, prioriza.

Em sua rotina de preparação, Ecker revela a importância da fé: “Sempre oro antes dos jogos, procuro falar com Deus para que ele me proteja e me abençoe para que nada de ruim aconteça. Acho que é a única coisa que faço antes dos jogos”, declara.

Com os olhos voltados para o futuro, Ecker já tem seus próximos objetivos em mente. “O primeiro objetivo é assinar um contrato profissional e depois, os campeonatos dependem do time que vou estar. Mas um sonho grande é a Libertadores”, diz ele, mostrando que está preparado para trabalhar duro e seguir em frente em sua trajetória no futebol.