Quem quer que Selic baixe?

O tal de “mercado” tem detonado o BRASIL pela insistência do presidente Lula em pedir que o Banco Central reduza a Taxa Básica de Juros, a SELIC. Estranho, pois setores da imprensa dita “especializada” também o ataca e, até mesmo, alguns setores do empresariado. Mais “estranho” ainda é o fato de, em todos os governos, termos ouvido amplas e contundentes reclamações sobre “os altos juros” no Brasil. Agora, quando o Brasil está no topo das mais altas taxas REAIS de juros no MUNDO, quando a SELIC está mais de 7% SUPERANDO a taxa de inflação, é inacreditável que seja MANTIDA nesse patamar. Portanto, é de se perguntar: QUEM acha “normal” essa SELIC de 10,5% a.a.?

E quem está ganhando com ela?

Considerando-se que o Banco Central é “independente”, com seu presidente indicado pelo governo anterior, o assunto ganha maiores proporções perante a extrema-direita brasileira na “defesa” da SELIC e da esquerda, que a quer mais baixa. Mas, afinal, QUEM lucra com os juros altos, que superam muito os índices inflacionários brasileiros, qualquer um que se queira comparar? Nem precisa ser “expert” no assunto para “adivinhar, não é mesmo? Obviamente são os que detém os mais de QUARENTA por cento da dívida pública brasileira, cujos valores pagos ultrapassam a casa dos OITOCENTOS BILHÕES DE REAIS todos os anos. Assim, a SELIC a 10,5%, com inflação oficial – IPCA, que é usado para aumentos de salários dos mortais comuns – de 4,29%, há muita gente rindo sozinha.

E os gastos públicos?

Interessante, também, é se ver o “mercado” provocando aumentos na cotação do dólar e quedas na Bolsa de Valores. Por que será, hein? E por que querem porque querem que os “gastos públicos” sejam reduzidos, contidos, mas NINGUÉM aponta QUAIS GASTOS? O governo federal insiste em “contingenciar” gastos com a saúde, educação, sociais, etc. Mas, POR QUE não os “donos do Brasil”, ou seja, grandes empresários, banqueiros, ruralistas, usineiros, detentores de grandes fortunas (que pagam, proporcionalmente, menos impostos que o povão assalariado), não “sugerem” ou “defendem”, como Lula faz, a redução da SELIC e, consequentemente, a redução dos gastos públicos? Ora, ora…

Fácil de responder, não?

A resposta, óbvia-ululante, é: porque os “donos do Brasil” não querem abrir mão de seus ganhos com a SELIC altíssima. Fácil imaginar o quanto representaria de “redução de gastos públicos” se a SELIC fosse, pelo menos 2% menor, como 8,5%, por exemplo. Os problemas do déficit público reclamado inexistiriam, certo, senhores economistas? Ou estarei errado? Se sim, por que não “sugerem” quais outros gastos públicos poderiam ser reduzidos que não afetassem os mais pobres, como saúde, educação e gastos sociais, como o Bolsa Família e o BPC (Benefício de Prestação Continuada)?

Gastos Sociais, por quê?

O Bolsa Família e o BPC (que corresponde à garantia de um salário mínimo, devido à pessoa portadora de deficiência, independentemente da idade, e ao idoso com 67 anos ou mais, que comprove não possuir meios de prover a própria manutenção e nem de tê-la provida por sua família) representam BILHÕES de reais por ano, gastos pelos beneficiados EXCLUSIVAMENTE no mercado brasileiro, ou seja, nas lojas, mercados e supermercados. Até as pedras sabem ONDE os milionários e bilionários aplicam seus ganhos nababescos, né? Então, por que, mesmo, a taxa SELIC foi mantida em 10,5%, sem indicativos de baixa a curto prazo?

A inflação?

O COPOM – Comitê de Politica Monetária – é o órgão do Banco Central, formado pelo seu Presidente e diretores, que define, a cada 45 dias, a taxa básica de juros da economia – a SELIC. Definir a meta da Taxa Selic e divulgar o Relatório de Inflação são funções do Banco Central “independente”. Mas, manter a SELIC alta, com o objetivo alegado, que é “conter a inflação”, mesmo que ela esteja controlada, conforme se pode constatar, tem fundamento fático? Essa é da série “perguntar não ofende”: Fazer os gastos com juros que o governo tem que pagar altíssimos, não provocam mais inflação, já que os tomadores de créditos TÊM que embutir nos preços dos produtos os juros pagos?”. Então, prezados economistas, qual é a resposta?

Divulgarão, mesmo?

O “Auxílio Reconstrução”, verbas públicas destinadas aos atingidos pelas enchentes, aparentemente, terá um portal para que a população possa checar QUEM são/serão os beneficiados e, caso haja fraudes – algo comum no Brasil dos “ixpertus” – possa haver denúncia às “autoridades competentes”. Então, vamos acompanhar de perto esses “beneficiados”, pelo portal, sejam pessoas ou empresas.

Últimas

Primeira: E o governo paulista “conseguiu” concluir a privataria da Sabesp, empresa de água e esgoto estatal. Não é uma maravilha? Imitou a “jenialidade” do governo gaúcho com a Corsan. Pouco bom?

Segunda: Agora energia elétrica, comunicações, rodovias, iluminação pública, coleta de lixo, etc. e outras coisas mais, que sempre foram atribuições dos poderes públicos, são de terceiros cujo lucro é o objetivo;

Terceira: Assim, está ficando tudo “dentro dos conformes” para se iniciar os processos de privataria dos governos municipais, estaduais e o federal. Obviamente, para “administrar” departamentos de pessoal, a iniciativa privada é muito mais competente que os poderes públicos, comprovadamente. Só falta a população EXIGIR essas privatarias;

Quarta: E a Giordani Turismo, com seu recentemente inaugurado “Trem do Pampa”, já está com meses do passeio com o luxuoso trem lotados, tanto que já ampliou os dias e horários para disponibilizar aos turistas;

Quinta: Agora, as viagens para a fronteira com o Uruguai, Rivera, e com os free shops de Livramento funcionando “a mil”, já têm mais um atrativo chamado “Trem do Pampa”. Tive o privilégio de estar presente no passeio de inauguração do trajeto de 22 km e 1h20min. Recomendo!

Sexta: A EXPOBENTO/FENAVINHO atingiu seus objetivos. Parabéns do CIC/BG, promotor dos Eventos, à ambas as diretorias, aos expositores e ao público que participou. Os eventos, todos, foram muito bem organizados, satisfazendo plenamente aos que visitaram;

Sétima: A distribuição dos expositores e, notadamente, o novo visual e atendimento da praça de alimentação e das vinícolas merecem cumprimentos efusivos pela organização, onde se adquiria comida nos restaurantes e se poderia consumi-la nas áreas das vinícolas. Parabéns a todos!

Oitava: E o futebol brasileiro está sendo “inVARiado” no túmulo da incompetência (?) das arbitragens. Ou há mais “coisinhas” no ar do que pode a compreensão dos honestos chegar?

Nona: Gremistas e colorados, vitimados por elas frequentemente, sabem bem a que me refiro, não? Choro? Sim, de quem se sente esbulhado e sem nada poder fazer.