Fernando esse menino, desde tenra idade, sua vocação de santo se via, pois milagre já fazia.
Sem descuidar dos afazeres da plantação de seu pai, certa vez para protegê-la, as aves ao celeiro ordenou, entrem logo e de forma ligeira; parecia até ser brincadeira, quando um revoar adentrou …eram centenas, sequer uma de fora ficou.

A tudo isso se pensava, criança quer mais é brincar e do serviço se apressava, qual não foi a grande surpresa, ao encontra-lo na igreja rezando, era o santo se formando.

De Fernando, agora jovem, da ordem de Santo Agostinho, ao sacerdócio e estudos se dedicou, quisera, contudo, uma nova missão, ser missionário lhe tocava o coração, parte então para uma nova e humilde congregação.

Passou a chamar-se Antônio, povereto Franciscano se tornou, de vez a pobreza abraçou, distribuindo as maiores riquezas, a PALAVRA e o PÃO repartido à mesa celebrou.

De seus sermões, doutor da Igreja assim seria, eis que pregava com alegria, mas não com menos firmeza, as heresias sabiamente combatia.

Sua oratória os fiéis admiravam, enquanto os hereges davam-lhe as costas e lhe riam, mas o desanimo de espírito e a fraqueza não lhe tomavam, até mesmo os peixes certa vez lhe foram plateia, por milagre, sobre as águas lhe ouviam.

Não foram poucas as provações, pois sempre da sua fé era tentado, até mesmo um jumento provou ele um herege estar errado – o jumento mesmo com fome, de fronte ao feno, negou estar esfomeado, quando o quadrupede ajoelhou diante do CRISTO na hóstia consagrado.

A contar são tantos milagres, até mesmo de um armado jantar, mesmo provado envenenado fez deste um delicioso manjar.

Lembrando agora de seus méritos mais conhecidos, a quem o amor interessa encontrar, esqueça o cupido mitológico com tantas flechas e sem alvo preciso, lembre-se de Santo Antônio, este é certeiro, sou eu prova viva do santo casamenteiro.

Da manjedoura para seus braços, tal confiança da mãe MARIA, Santo Antônio abraçou de DEUS seu povo, tirando a cada embalo daquela criança uma graça, uma esperança.

Santo Toninho, permita-me a liberdade de assim chamá-lo após tantas conversas em oração, antes da próxima alvorada festiva, antes do reflexo do sol na cúpula dourada e do badalar do centenário campanário, registro no nosso Jornal Semanário, essa singela homenagem em devoção.

Rogo-lhe de coração, pelas mãos de CRISTO REI, abençoe sempre nosso Estado e nossa Bento Gonçalves, de que és padroeiro.

Santo del mondo inteiro, façais com que jamais percamos a fé e, sim, encontremos sempre a graça da esperança, pois com trabalho e perseverança, valores que de nossos ancestrais herdamos, construiremos dias melhores, assim o sejam e assim lhe rogamos.

VIVA SANTO ANTÔNIO!
Vamos em frente!