No dia 22 de maio, é celebrado o dia de Santa Rita, conhecida como padroeira das causas impossíveis. No Salão da Comunidade do bairro Santa Rita, a celebração recebeu cerca de 420 pessoas, número superior ao das edições passadas

A comunidade de Santa Rita realizou a Missa e Festa em homenagem à padroeira, reunindo 460 pessoas. O salão viu todas as mesas cheias de pessoas que, mesmo em um momento difícil, buscaram na fé a força para superar as dificuldades, e rezaram pelos mais necessitados. A celebração é bastante tradicional no bairro, sempre esperada pelos moradores do bairro.

Recorde de participantes

O Presidente da comunidade há dois anos, Bruno Sperafico, explica por que acredita ter recebido um número tão elevado de fiéis. “Recebemos cerca de 460 pessoas, e contando com os trabalhadores serão 520. Mas não é o nosso usual, nossos almoços dão em torno de 340. Muitas festas do interior foram canceladas, e nós decidimos manter a nossa, então muitas pessoas que iriam a outras festas vieram nesta”, declarou.

Mas o trabalho para receber todas essas pessoas não é simples e requer que todos os membros da comunidade se façam presentes. “Tem que vestir a camisa, porque se não o faz para manter o patrimônio que temos, desanda tudo. Tem pessoas que acreditam que é fácil fazer uma festa dessas, mas quem diz isso nunca fez”, e complementou: “tem que arrumar festeiros, patrocínio, pessoas para trabalhar, a venda dos ingressos tem que ser toda antecipada. Tem que correr, ter tempo disponível toda hora. Esta semana, não falhei um dia fora do Salão, então é pesado. Precisamos encontrar uma boa cozinheira, com um bom currículo, porque tem que ser alguém que cozinhe bem e tenha noção de quantidade”, explicou.

Bruno Sperafico é presidente da comunidade há dois anos

Na pandemia, a equipe administrativa da igreja decidiu que era hora de melhorias e, assim, diversas reformas foram feitas, tanto na igreja quanto no salão, para melhor acolher os fiéis da comunidade. “Reformamos toda a cozinha, colocamos balcões novos, toda a parte da churrasqueira foi refeita, sendo hoje totalmente automática. Na pandemia, conseguimos fazer todas as reformas, tínhamos dinheiro parado e tínhamos tempo. Reformamos todo o piso e refizemos todos os banheiros, quebrando o antigo e revitalizando-o. Além disso, compramos todos os eletrodomésticos novos, como freezer, e colocamos placas solares. Nossa capela foi toda pintada, e feito todo o revestimento por dentro e foram ampliados os bancos”, enumerou.

E sobre os lucros dessa festa, a comunidade não irá mexer inicialmente, visto que, atualmente, não há nada pendente. “Por enquanto, esse valor irá para o caixa. Não estamos com nada pendente, portanto, inicialmente, iremos juntar, para que, quando seja necessário, tenhamos valores para reformar o que for preciso. E não temos nenhuma dívida; todo o dinheiro arrecadado da festa fica para a comunidade”, salientou.

Fé acima de tudo

Iraci Trintinaglia faz parte do Conselho da Comunidade e demonstrou sua felicidade em estar presente na festa. “A nossa função e emoção para esta celebração são muito lindas, e pedimos que Santa Rita nos abençoe e nos proteja em todos os momentos de nossa vida. Ela é a Santa das causas impossíveis. Nesta última semana, tivemos muito trabalho em nossa comunidade, iniciando com o tríduo, que envolve os membros, a catequese e os festeiros”, contou.

Marilene Capitani, de 79 anos, participa da festa há 40 anos e é membro ativo da comunidade, envolvendo-se em atividades como a liturgia e o grupo de orações. “O que me trouxe aqui é a devoção a Santa Rita, a santa dos casos impossíveis. Quantos pedidos fiz a ela e quantas graças me foram concedidas. São tantos casos, mas um que me marcou muito foi quando meu sobrinho estava muito enfermo; pedi pela intercessão de Santa Rita e ele começou a se recuperar. Há 40 anos sou devota desta santa milagrosa, e foi através desta comunidade que pude sentir toda a sua força”, declarou.

Marilene Capitani é devota de Santa Rita há 40 anos e alega que muitas vezes a santa ouviu suas preces

Festeiros

Ao todo, quatro casais compuseram o grupo de festeiros da celebração, responsáveis por boa parte da organização da festa, incluindo Enri Sassi e Vera Lúcia Da Silva. “Faz um ano que chegamos no bairro, ouvimos falar muito bem da comunidade, e fomos convidados a ser festeiros. Foi a primeira vez que participamos dessa maneira na comunidade, e foi muito gratificante. Nunca havia me envolvido tanto, e me senti honrada de trabalhar em prol da comunidade. É cansativo, mas vale a pena pela interação, novas amizades e tudo o que fazemos em honra à nossa padroeira”, salientou Vera.

Para Sassi, as expectativas foram superadas. “A festa foi excelente, acredito que conseguimos agradar a todos, já que foi muito elogiada. Esperamos que no próximo ano todos que apreciam a festa compareçam novamente, esta é a nossa missão. Nosso trabalho foi ajudar a organizar a festa, vender os ingressos e divulgar nosso evento para outras comunidades. Além disso, buscamos todos os brindes para o rifão; é nosso dever conseguir brindes e patrocínios, e como são todas doações, o dinheiro arrecadado é todo destinado à comunidade. Nós, como casal, conseguimos 37 brindes, além dos patrocínios”, concluiu.

Ao todo, quatro casais foram os festeiros da festa, sendo eles, da esquerda para a direita: Fabrício Luiz e Shelei Zalamena; Enri Sassi e Vera Lúcia da Silva; Júlio César e Jociane Rossi e Deomir e Rosane Ghisleri