O valor de impostos pagos pelos bento-gonçalvenses desde o início do ano alcançou a marca de R$ 23,4 milhões nesta segunda-feira, 19, de acordo com os cálculos do Impostômetro, da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), que apresenta uma estimativa dos valores correspondentes ao que foi pago em impostos para a União, estados e municípios, na forma de impostos, taxas, multas e contribuições.
De acordo com o levantamento, o mesmo valor alcançado hoje havia sido atingido em 2 de março do ano passado. Em 2022, o valor foi atingido em seis de março e em 2021, a marca chegou em 15 de março. Segundo os dados do Impostômetro, na mesma data do ano passado, a arrecadação em Bento Gonçalves havia alcançado R$ 19,9 milhões. Em 2022, R$ 18,8 milhões e em 2021, R$ 16,8 milhões.
Conforme a ACSP, Entre os motivos para o avanço estariam o aumento dos preços de alguns produtos e o crescimento da economia, já que, quando as pessoas consomem mais, a arrecadação acompanha.
Mas também pesam o aumento de alguns impostos, como a reajuste do ICMS sobre a gasolina e o diesel, em fevereiro. E, antes, em janeiro, a volta de tributos sobre os combustíveis que estavam suspensos.
Na região, números também apresentam aumento na arrecadação
Os dados mostram que na região, o cenário de aumento na arrecadação ocorre em todos os outros nove municípios do entorno de Bento Gonçalves. Assim como a Capital Nacional do Vinho, os números alcançados até o fechamento desta reportagem haviam sido atingidos em 2023 e 2022 apenas no mês de março.
Brasileiros já pagaram R$ 553 bilhões em impostos esse ano
Os brasileiros já pagaram R$ 553 bilhões em impostos desde o início deste ano. O valor foi atingido na manhã desta segunda-feira, 19, segundo cálculo do Impostômetro. Em 2023, a marca só foi alcançada em 2 de março e em 2022, em 6 de março.
Conforme o economista da ACSP, Marcel Solimeo, apesar de ter uma das cargas tributárias mais altas do mundo, o valor pago pelo contribuinte não é aplicado de maneira correta em serviços essenciais à população. “O Brasil tem uma das cargas tributárias mais altas do mundo, equivalente ou até superior à carga de nações desenvolvidas. Embora tenha uma tributação de primeiro mundo, o Brasil não faz com que esse dinheiro retorne à população por meio de serviços essenciais e políticas públicas de qualidade”, comenta.
Expectativa é de que velocidade da arrecadação perca força ao longo do ano
Segundo analistas da ACSP, a expectativa é de que a arrecadação continue aumentando, porém, em ritmo mais lento nos próximos meses. A situação deve ocorrer em razão de duas possibilidade: maior controle da inflação ou por um crescimento econômico menor. Porém, segundo analistas, ainda é cedo para chegar a uma conclusão.