Ao chegar em Muçum, a balsa que será responsável pelo transporte de veículos entre os municípios de Santa Tereza e São Valentim do Sul, segue enfrentando desafios para conseguir fazer o trajeto e iniciar sua operação. Prevista para começar no sábado, 20, o equipamento deve atrasar ainda mais, caso as condições no Rio Taquari seguirem afetando diretamente. Um dos principais empecilhos é o baixo nível do leito, que impede, muitas vezes, da balsa seguir numa constante.
Após um período de elevação das águas do rio, que oportunizou uma sequência exitosa, a situação volta a apresentar problemas nesta quinta-feira, 25, quando a embarcação passa por inúmeras cachoeiras entre os municípios de Muçum e Santa Tereza. Entre as mais dificultosas está a localizada na Linha Barra das Contas, interior de Muçum. Com grandes pedras, o trecho é considerado crítico, porém, segundo informações da tripulação da balsa, a passagem transcorreu sem problemas maiores.
A balsa, dirigida pelo santa-terezense, Juliano Irani Fitarelli, que detém vasto conhecimento do trecho, em razão do seu ofício de pescador, a expectativa é de que ainda pela manhã, a embarcação passe pela localidade de Violanda, interior de Roca Sales, e chegue ao seu destino final no final de semana.
Ainda não há previsão de quando o serviço de travessia inicie, uma vez que após a chegada da balsa, as equipes da empresa Lacel Construção e Apoio Naval, vencedora da licitação para realizar o transporte, precisarão realizar os ajustes entre o rebocador, que já está instalado no trecho, e a balsa.
De acordo com as informações contidas no processo de contratação, as tarifas serão pagas pelos usuários e variam de R$ 1,93 para bicicletas até R$ 60,99 para veículos com cargas consideradas ultrapesadas. Veículos de passeio devem pagar R$ 9,63 por travessia.
Conforme o Governo do Estado, responsável pela contratação e pagamento da montagem e desmontagem da balsa, o equipamento deve transportar veículos e cargas enquanto a nova ponte é construída. Sem previsão de início das obras da nova estrutura, o receio é de que o método adotado de forma paliativa, siga por muitos anos ou de forma definitiva, como alguns moradores do entorno afirmam.
A estimativa do governo é de que uma nova ponte, sobre a ERS-431, deva custar em torno de R$ 70 milhões. De acordo com o Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer), o anteprojeto e orçamento para construção da nova ponte já estão finalizados e foram cadastrados no Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional para recebimento dos recursos.