O Financial Times é uma das principais organizações de notícias do mundo, reconhecida internacionalmente por sua autoridade, integridade e precisão, considerado por muitos, o MAIS IMPORTANTE JORNAL ECONÔMICO DO MUNDO.
Nessa Semana, esse importante Jornal traz matéria sobre o Brasil analisando os resultados das políticas petistas tanto de Lula como de Dilma.
Inicia trazendo o desastroso investimento do primeiro governo Lula lançado em 2005 na Refinaria Abreu e Lima que “acabou sendo um dos mais caros do mundo”, saindo da previsão de 2 bilhões de dólares para 20 bilhões de dólares, 9X o inicial e, segundo a matéria, por críticos de Lula, como um “monumento ao desperdício, à corrupção e à incompetência do PT” e, ainda, inacabada, tendo sido retomada ano passado com a volta de Lula ao poder.
Enfatiza que, desde que voltou ao poder, “tem procurado fortalecer o papel do Estado na tentativa de melhorar os padrões de vida” aumentando “pagamentos da seguridade social, relaxando o controle das despesas públicas, prometendo melhorias na infra-estrutura e revelando uma agenda verde para atrair o capital estrangeiro”.
Porém, entrevistados contrários a essa visão dizem que “sua abordagem ameaça reavivar um modelo desacreditado de desenvolvimento estatista que não funcionou no passado”. Aproveitando de um boom das commodities, o país cresceu no começo do novo século mas os preços caíram, gerando dificuldades e opositores dizem que “os gastos excessivos e a interferência política do PT no governo Dilma Rousseff foram fatores-chave na pior recessão do país”.
Defensores do governo dizem que os indicadores estão melhorando, como a queda do desemprego, da inflação e aumento do crescimento do PIB para o ano passado. Mas, segundo o Jornal, “investidores e economistas continuam céticos em relação ao plano econômico de Lula orientado pelo Estado” e que, se perder o controle das contas públicas, “será difícil para o banco central continuar reduzindo a taxa de Juros Selic.
Afirma ainda o Jornal, segundo Roberto Secemski, economista do Banco Barclays, o “país acabou de sofrer a sua segunda década perdida de crescimento”. O País precisaria de maior produtividade e de investimento de capital, que seriam viáveis com taxa de juros mais baixas mas que o problema estaria “na postura fiscal frouxa do Brasil”, entendendo-se do governo federal. Teria que haver um ambiente mais propício à iniciativa privada e ao investimento com maior ênfase em questões estruturais profundas como a burocracia, infraestrutura logística, escassez de competências e o peso do estado que é a redução do custo Brasil. A reforma tributária ajuda, cita o Jornal, mas eu acredito que não seja suficiente.
O foco excessivo no aumento das receitas também é combatido pelo Jornal além de citar que há a preocupação com o aumento dos níveis de endividamento do país onde a dívida pública atualmente está já em 74% do PIB, muito elevada para um país emergente.
Traz, também, a publicação a aposta no “verde” que o governo federal está ampliando, o que foi um dos poucos pontos positivos trazidos pela reportagem.
Meu entendimento da cobertura do Jornal é de uma crítica ao governo federal petista atual de reeditar modelos ultrapassados, não querer controlar os gastos públicos o que reduziria a inflação e a taxa de juros, e apostar demais das estatais e no Estado para aumentar o crescimento econômico, o que, na maioria das vezes dá errado no médio prazo, segundo minha opinião e os dados passados comprovam.
Em 09.12.23 escrevi coisas muito semelhantes nesse espaço. Em outros, escrevi que a década passada foi outra década perdida como essa publicação traz. O Brasil não quebra mas ….
Portanto, o Financial Times concorda comigo e eu com eles. Vejo aumentando as análises preocupantes sobre nossa economia com esse modelo econômico de aumento dos gastos públicos e visão estatizante da economia. Vamos acompanhar….
Pense nisso e sucesso.