Na região, município de Bento Gonçalves está na mira do órgão
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Rio Grande do Sul (Gaeco/MPRS) e da Procuradoria da Função Penal Originária (PFPO), deflagrou na manhã desta terça-feira, 7 de novembro, duas operações que visam desarticular as ações de envolvidos em fraudes em processos licitatórios.
De acordo com o órgão, o alvo é uma empresa que fornece softwares de gestão pública para prefeituras gaúchas. Ao todo, a operação Cartas Marcadas cumpriu 28 mandados de busca em sete cidades do Rio Grande do Sul e quatro em Santa Catarina. Entre as prefeituras na mira do MP está a de Bento Gonçalves. Além dela, Candelária, no Vale do Rio Pardo, Sapiranga, no Vale do Sinos e Santana do Livramento, na Fronteira Oeste são invetigadas.
Conforme o Gaeco, pessoas ligadas à empresa e servidores municipais também são investigados. Ao menos R$ 2,8 milhões dos suspeitos foram bloqueados.
De acordo com a investigação, a empresa, cuja identificação não foi divulgada, é suspeita de fornecer às prefeituras um pacote completo de documentos que direcionava a licitação para a aquisição do software.
Servidores públicos envolvidos
Em relação às prefeituras gaúchas, o promotor de Justiça Manoel Antunes, do 5º Núcleo Regional do Gaeco, da Serra, responsável por esta investigação, diz que um dos alvos é um servidor que atua com informática em Candelária e um secretário municipal de Bento Gonçalves. Já em Sapiranga, haveria três pessoas envolvidas na fraude. Em Santana do Livramento, o promotor ressalta que o contrato foi suspenso, mesmo assim, buscas são realizadas para obter os documentos relacionados ao edital.
Durante a operação, foram apreendidos notebooks, tablets, computadores, celulares e documentos, principalmente modelos de editais, orçamentos, entre outros.
Em nota, prefeitura de Bento informa que está colaborando com as investigações
Conforme a prefeitura de Bento Gonçalves, os questionamentos direcionados à Administração são referentes ao fornecimento de software responsável pela gestão administrativa da Prefeitura, que foi contratado por meio de licitação.
A prefeitura afirma no documento que segue prestando todas as informações elencadas na investigação para elucidar o ocorrido. “Assim que tiver acessos aos autos, novas informações serão prestadas”, diz a nota.
Foto: Gaeco / MPRS