Para fazer o cálculo do salário ideal, é levado em conta o valor da cesta básica mais cara entre 17 capitais pesquisadas
O salário mínimo no Brasil deveria ser de mais R$ 6,2 mil para que o trabalhador pudesse bancar moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e Previdência Social para ele e sua família – considerando uma família de 4 pessoas, dois adultos e duas crianças. Essas são necessidades tidas como básicas na Constituição Federal que o salario atual, de R$ 1.320 não cobre.
Segundo cálculos do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o valor do salário mínimo brasileiro deveria ter sido, em setembro, de R$ 6.280,93, ou seja, quase cinco vezes mais do que o piso nacional em vigor.
Para fazer o cálculo do salário ideal, o Dieese leva em conta o valor da cesta básica mais cara entre 17 capitais pesquisadas.
No nono mês do ano, foi considerada a cesta de Florianópolis, que custou R$ R$ 747,64
Outro cálculo realizado pelo Dieese é o tempo médio que o brasileiro precisa trabalhar para comprar os produtos da cesta básica.
Em setembro, o tempo médio de trabalho foi de 108 horas e dois minutos
Considerando uma jornada diária de oito horas de trabalho, dá para dizer que, no mês passado, o brasileiro precisou trabalhar 13 dias e meio apenas para comprar o conjunto dos alimentos básicos.