Apenas pronunciamentos de vereadores nas explicações pessoais marcaram a sessão ordinária da última segunda-feira, 21

Nenhuma matéria esteve na pauta da Ordem do Dia na 124ª Sessão Ordinária da 3ª Sessão Legislativa da 18ª Legislatura da Câmara de Vereadores na última segunda-feira, 21 de agosto. Em pouco mais de uma hora de Sessão, alguns vereadores se pronunciaram no espaço das manifestações pessoais.

Vereador Petroli cobra sobre obras do hospital público que estão atrasadas

“Governar nas redes sociais, pelas redes sociais, para as redes sociais. Falo com relação a uma publicação nas redes da Prefeitura na última semana referente às obras da construção do hospital público. A maquete é uma, a real situação da obra é completamente diferente”, disse o líder do MDB, Agostinho Petroli. “As obras estão atrasadas, mesmo com todos os recursos empregados”, disse.

Novamente, Petroli destacou, como na semana anterior, que é favorável ao subsídio ao transporte público, mas não da forma como vem sendo encaminhado. “Me refiro à volta dos itinerários retirados durante a pandemia, que foi um compromisso assumido pelas concessionárias no ano passado. A população precisa acordar, porque é seu próprio recurso que será usado para subsidiar a passagem dela mesma. Não é dinheiro que cai do céu”, salientou.

Sobre as obras do Complexo Viário da Zona Sul, Petroli ressaltou que o projeto apresentado contempla uma rotatória menor do que a projetada por uma administração que governou o município há 40 anos. “Um bom gestor deve ouvir também os críticos, não somente aqueles que estão ao seu redor”, frisou.

Duda Pompermayer abordou sobre a municipalização do ensino

Pompermayer falou em seu pronunciamento. “O Estado não tem dado a melhor infraestrutura e não tem condições de lidar com todas as suas escolas. Diante disso, tem oferecido algumas estruturas físicas para o Município. Agora cabe a este dizer se quer ou não ficar com essas escolas. Eu vejo como algo interessante, porque a cidade tem cuidado muito melhor dos seus educandários do que o Estado. Esta é uma pauta de extrema importância”, afirmou.

O segundo assunto levantado pelo vereador diz respeito ao Ensino Superior, que tem sido cada vez menos procurado. “Há menos interesse, sua cultura foi diminuída, talvez até por dificuldades financeiras. A falta do auxílio ao transporte também é um dos problemas. Mas onde quero chegar é que voltaram a discutir a ideia de trazer uma Universidade Federal para a Serra Gaúcha. Nossa região é a única que não tem uma Universidade Federal. A Serra precisa disso, vai desenvolver tecnologia, inovação, conhecimento. Bento tem estrutura para isso. Precisamos voltar a discutir esse tema”, finalizou.

Gava faz questionamentos sobre a gestão municipal

Com relação às obras que estão sendo executadas no Município, Gava espera que este ano não tenha mais aditamentos, porque o custo de alguns materiais baixou. “O valor do aço caiu de R$ 11 para R$ 7 e não vi nada de preços de obras baixarem. Então, esperamos pelo menos que não tenha mais aditamento”, reforçou.

Sobre a municipalização de determinadas escolas, Gava deu sua opinião. “E o impacto financeiro? Não é crítica. Durante a pandemia, todos os políticos foram gestores. É fácil fazer gestão sem fazer serviços, só com verba entrando e nada acontecendo. Em função de uma pandemia, é obvio. E agora, que voltamos à vida normal, como está a realidade?”, perguntou. E prosseguiu: “Municipalizamos duas rodovias e pensamos em municipalizar escolas. Será que vamos ter dinheiro para isso? Será que a cidade comporta ainda pegar esse tipo de coisa? A Segurança Pública sempre foi muito ajudada pelo Município, um valor muito bem investido, mas será que até quando vamos conseguir abraçar o mundo? Vamos receber recursos para isso ou só promessa de recursos?”, questionou.

Fotos: Câmara Bento / Divulgação