A localidade, atualmente, conta com uma escola, uma creche e um Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV), todos públicos. Ao total, mais de 300 crianças e jovens do bairro e entorno fazem parte
Aparecida é um bairro na Zona Norte da cidade, ao lado do São Roque. O centro da localidade é onde estão localizadas as estruturas educacionais, que são três. A creche, que conta com 65 crianças; a escola, que atende mais de 170 estudantes do primeiro ao quinto ano, e o Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV), que acolhe cerca de 100 crianças e adolescentes. Nesta localização, há a praça, onde é possível praticar exercícios como os de musculação e de esportes na quadra.
Colégio da comunidade
o Fundamental General Amaro Bittencourt, completou 70 anos em 2023. Fundada em janeiro de 1953, iniciou no quartel e em 1982 se mudou para o prédio onde permanece até os dias atuais. A estrutura em que a escola está, já existe há quatro décadas, por conta disso, reformas são necessárias. “Estamos recebendo algumas verbas do programa “agiliza” da Educação, mas não são suficientes. Teríamos que pintar o educandário e reformar o piso de várias salas. Agora, iremos ganhar o telhado, o forro e a fiação elétrica nova. Também, não temos uma área coberta, o que seria interessante”, pontua a diretora, Aline Curtinaz da Rocha, sobre quais são as necessidades e complementa que algumas melhorias pontuais são feitas por meio de recursos obtidos nas promoções realizadas pelo Colégio e com a verba da autonomia financeira.
Segundo a diretora, a pandemia foi um momento complexo para a educação e ainda é possível encontrar sequelas deste momento na aprendizagem dos estudantes. “As consequências vão se refletir por alguns anos ainda, mas o governo está tendo iniciativas de recuperação que desenvolvemos com as crianças. Claro que é um processo gradativo, mas já se nota melhoras em comparação ao ano passado”, explica.
Sobre a comunidade, Aline acredita que teria potencial para ser mais presente do que é. “Existem pais que a gente chama, pois precisamos conversar e eles não aparecem, que são casos pontuais. Entretanto, a grande maioria participa”, relata.
A instituição de ensino conta com atividades que reúnem os discentes e as famílias. “Fizemos a Festa Junina interna aos estudantes, mas em setembro iremos fazer a Festa Farroupilha para os pais, ano passado foi feita a de Natal e tivemos muita participação”, declara.
No colégio, há situações de vulnerabilidade social dos alunos. “Tem casos pontuais, felizmente não é a maioria. A nossa escola participa da Rede de Apoio, então as situações mais severas e graves levamos até eles. E, nela, encontra-se o apoio da Secretaria de Saúde e da Assistência Social”, finaliza.
SCFV Balão Mágico
O Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV), está presente em seis bairros do município, e o número de matriculados gira em torno de 900. O bairro Aparecida conta com uma unidade que atende 100 estudantes. Ele é destinado às crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade. No espaço, é oferecido o contra turno escolar, com atividades pensadas para o desenvolver os participantes. O secretário de Esportes e Desenvolvimento Social, no desenvolvimento, Eduardo Virissimo, é responsável pelo projeto na cidade. “O número de criança em cada local depende da estrutura, não atendemos onde não há uma segurança adequada ou não é possível estabelecer o bem-estar”, esclarece.
Ele revela que os espaços escolhidos são aqueles que conseguem para implementar o projeto. “O ideal seria que cada SCFV tivesse um prédio do município para realizarmos as atividades. Mas, entendemos, ainda na última gestão, que se construíssemos um espaço para cada um e ainda fizéssemos toda manutenção, não conseguiríamos atender a demanda. Então, começamos a fazer parcerias com os locais. No caso do Aparecida, utilizamos o salão comunitário da Igreja”, realça.
Desta forma, então, é instituído um convênio entre o município e a estrutura de onde será o Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos. “Nós somos responsáveis por todo o RH, alimentação, cuidados do local e possíveis investimentos. No bairro Aparecida, por exemplo, estamos pintando todo o prédio, tanto externamente quanto internamente, justamente com o intuito de melhor atender e cumprir o papel da parceria”, prioriza.
Como este projeto é pensado para o desenvolvimento de crianças e adolescentes, é necessário que as atividades feitas ajudem a estimulá-los. “O interessante é estarmos sempre trabalhando com vínculos, ajudar a criança no seu desenvolvimento por meio de práticas educacionais pedagógicas propostas pelos educadores, também esportivas e culturais. Com isso, promovemos oficinas de luta, capoeira, yoga, canto, teatro, então são vários cursos que vão sendo ofertados”, elenca Virissimo.
“Facilita muito uma creche no bairro”
No bairro Aparecida, existe uma creche municipal desde 2007 e isso se dá porque, anteriormente, a creche fazia parte da Fundação Casa onde era administrada por empresários, para os pais que trabalhassem no entorno. Hoje em dia, a Escola Municipal Infantil Doce Infância faz parte da grade de instituições atribuídas a prefeitura. “Atualmente temos 60 alunos, dos quatro meses aos quatro anos. Estamos em um momento bem positivo em questão de estrutura, já que passamos por algumas melhorias recentemente. E, graças ao Fundo Social do Sicredi, no próximo mês, iremos iniciar as obras do parquinho. Fora isso, também estamos com a brinquedoteca quase finalizada que foi uma ação da prefeitura”, relata a vice-diretora Flávia Daniela Dondi.
Ela também explica que a creche no bairro se torna uma facilidade para os pais. “A maioria dos alunos são daqui, ou os pais trabalham no entorno. Facilita muito, porque já vem trabalhar e pode deixar o filho aqui”, comenta; Ela revela, também, que as vagas são decididas pela Secretaria Municipal de Educação (SMED), mas que há sim critérios de zoneamento.
Crianças em questão de vulnerabilidade social fazem parte da creche e assim como o colégio General Amaro Bittecourt, há todo um cuidado sobre isso. “Existem alguns casos nesse sentido, e lidamos a partir da rede de apoio da SMED, da Justiça Restaurativa e do Conselho Tutelar. Então, nestes casos, temos como acionar algum desses órgãos da rede e eles assumem este trabalho”, salienta.