Com um grande apoio da comunidade, as festas são responsáveis em angariar fundos para o desenvolvimento da estrutura
A igreja de Santa Helena é um local que reúne muitos moradores do bairro, isso se dá pela comunidade ser bastante forte e devota à santa e a religião. Por conta disso, sempre há necessidades de tornar o ambiente que é tão importante para o Santa Helena, cada vez melhor.
A reforma
A reforma inicial é um calçamento em frente a igreja que irá ajudar a melhorar a locomoção para os moradores, sem falar na aparência dela. Ivanir Franco, coordenador da comunidade da igreja, explica sobre o que está sendo feito. “Nós estamos em função de umas pequenas reformas, melhorando a frente da paróquia e também temos um projeto de modificação das imagens. Ele está sendo desenvolvido pelo padre Moacir de São Roque, que é arquiteto. Estudamos para ver uma pequena mudança, uma melhoria, só que o custo é elevado” revela.
Ele ainda conta de planos futuros em relação a aparência e estrutura da igreja que tem crescido a cada dia. “A centralização é um dos sonhos que estamos tendo, precisamos estabelecer um alinhamento. A última reforma ocorreu em 2013, ficou mais ampla, mas as melhorias sempre são necessárias. Porque sempre há uma coisinha ou outra, tanto na comunidade, é manutenção, é algo que quebrou, e por termos a catequese acabamos reunindo muitas pessoas”, conta.
Adriane Demichei Araldi é a coordenadora do conselho e também explica sobre a modificação tão sonhada no interior da igreja. “Ela vai entrar numa pequena reformulação, queremos fazer uma remodelação, e na parte interna dar um maior foco para o presbitério no altar ao sacrário. Olhar a essa parte, para esse lado espiritual, motivar e deixar a igreja aconchegante e acolhedora”, relata entusiasmada.
Como são recolhidos os fundos para as reformas
Reformas tem um custo, e qualquer um sabe, apesar de ser uma igreja teoricamente jovem, há necessidade de melhorias, e até para manter a beleza. Por conta disso, a forma que se encontra de realizar estas mudanças é através de festas que envolvem toda a comunidade. Franco conta como eles organizam as finanças para isso. “Desde a festa do ano passado nós fizemos a caixinha, e com mais a deste ano, que ocorrerá no próximo mês, teremos noção do que iremos conseguir fazer em relação às reformas”, afirma.
A festa é feita pela igreja, mas isso envolve todo um número de pessoas que são ativas e trabalham em prol do bem da própria comunidade, seja de forma física ou através de doações. “O nosso evento é totalmente voluntário, apenas a cozinheira do almoço que é paga, os moradores gostam porque estão sempre participando. O pessoal arrecada alimentos, as famílias doam os pudins, as tortas do leilão são doadas”, e complementa. “Tem uma família que sempre doa duas tortas, uma do Inter e outra do Grêmio, e a partir disso foi se criando uma tradição de disputa entre quais das duas tem mais lances, então tem que ver qual dos times vai ganhar e o pessoal se diverte muito e é claro, ajuda a igreja e a comunidade”, ressalta.
A tão esperada festa
O movimento do bairro em agosto será grande, isso por conta das festividades que irão ocorrer em homenagem à padroeira. A programação é extensa e serve para agradar todos, visto que vai desde procissão a almoço seguido de baile dançante, Adriane assegura. “A comunidade aproveita e gosta muito das festividades, nem todos participam do almoço, muitas vezes vem gente de fora, mas eles em si são muito participativos e gostam da parte religiosa, da missa, da festa. Tem vários momentos em que eles têm a possibilidade de participar, não necessariamente que tenha que ser do almoço, pois temos a missa ou a carreata”, relata.
A comemoração já está em sua 31ª edição, e todos os anos as expectativas de quem trabalha por ela são altas, visto que no último ano compareceram mais de 700 pessoas. E como tem diversas programações, há dias que vão mais que outros, Franco comenta a respeito da quantidade. “Os números de participações dependem muito do tempo e da programação, a procissão sábado à tarde reúne umas 600, já para o almoço esperamos por volta de 900, já é combinado de estar no ginásio da Associação porque o nosso salão não comporta tantas pessoas assim. E pela tarde teremos o baile dançante com uma banda de fora, juntamente com os festeiros que fazem um grande trabalho”, frisa.
Uma comunidade que lutou por sua igreja
Mas a união dos fiéis não começou agora, esta força tarefa já virou tradição desde a época em que tiveram que lutar para ter a igreja, que no início, sequer existia. Adriane, atual coordenadora, esteve presente desde o começo das primeiras ações para que pudessem realizar o sonho da igreja no bairro. “Ela se inicia desde o começo do loteamento, o padre Ernesto na época era pároco e ele coordenava o processo. Então iniciou-se em casas, porque não havia igreja, e uma moradora cedeu um espaço na casa dela onde iniciamos, nos encontrávamos, fazíamos as novenas, mas foi se sentindo a necessidade de ter uma igreja. A comunidade começou a se organizar, os moradores ainda naquela época foram se organizando, fizeram as campanhas e a construção da igreja, o terreno foi doado, começaram a comprar os materiais e os moradores foram os maiores incentivadores”, relembra.
Com a ajuda das festas que no início ocorriam com ajuda das comunidades vizinhas, foi responsável também pela arrecadação para que, aos poucos, os fiéis pudessem ter seus locais de missas e atividades. “A nossa primeira festa foi no salão de Santo Antão, nossos primeiros eventos ocorreram ali, porque nós ainda não tínhamos o espaço. Então as comunidades mais antigas nos incentivaram, nos apoiaram doando materiais, emprestando o salão”, rememora.
Atualmente a região tem sua própria igreja há algumas décadas, e por isso a comunidade tão ativa batalha para sempre mantê-la acolhedora e agradável para os moradores que dão o melhor de si pelo local.