Réus terão que indenizar a família por danos morais e materiais, além de pagar pensão mensal
Na última semana, veio à tona um novo capítulo de um caso ocorrido há mais de uma década. Uma sentença na esfera cível foi definida dias antes de completar 14 anos do atropelamento ocorrido em 11 de abril de 2009, vitimando os irmãos Itamar, 18 anos, Willian, 16, e Rodrigo Kasmiriski, 14.
Conforme a sentença proferida pelo juiz Carlos Koester no dia 23 de março, o motorista e a empresa que era proprietária do guincho terão que pagar uma indenização, por danos morais, no valor de R$ 781.200,00 e por danos materiais, no valor de R$ 10.360.85
Os réus também terão que efetuar o pagamento de pensão mensal, no valor equivalente a 2/3 dos rendimentos de Itamar e 2/3 do valor do salário mínimo em relação a Willian e Rodrigo, a contar do dia do óbito das vitimas, e que deverá ser paga até a data em que os falecidos atingirem 23 anos. Além disso, terão que se encarregar do pagamento da taxa de serviços judiciais e de honorários com advogados.
Na esfera penal, o caso, que inicialmente era classificado como crime de homicídio simples de dolo eventual, sustentado pelo Ministério Público, foi tratado como crime culposo de trânsito, quando não há a intenção de cometer o crime, mas que, por negligência das partes, poderia ter sido evitado. Portanto, o réu não foi julgado pelo Tribunal da Júri. O processo ainda está andamento.
O caso
Os irmãos Itamar, Willian e Rodrigo, foram atropelados por volta das 20h do dia 11 de abril de 2009, na RS-444, em Bento Gonçalves. O trio caminhava no acostamento da rodovia, no sentido Bento Gonçalves-Farroupilha, quando, na altura do km 4, uma caminhonete branca os atingiu. O motorista fugiu sem prestar socorro.
Os jovens estariam indo até a Associação Bento-gonçalvense de Cultura Tradicionalista Gaúcha (ABCTG), a cerca de um quilômetro da casa onde residiam com os pais, para participarem de um evento automobilístico. Rodrigo morreu no local do acidente. Os irmãos dele foram conduzidos ao Hospital Tacchini, mas não resistiram aos ferimentos.
Na época, a Polícia Civil instaurou inquérito para apurar as causas e apontar a autoria do crime. Depois de seguirem várias pistas falsas, os investigadores juntaram informações que levavam a um suspeito com base nos depoimentos de testemunhas.