Estive palestrando, nessa semana, sobre a tendência da economia no Sindilojas de Bento e, entre outras coisas, apresentei o que escrevi, há quase 60 dias aqui, nesse espaço onde externei minha opinião que a economia brasileira, nesse ano de 2023, andaria um tanto de lado nas questões econômicas notadamente pela redução da confiança nos cenários futuros, sugerindo que as pessoas e empresas arregaçassem mais ainda as mangas para buscar seus objetivos pois, a nível governamental, esperar coisas boas pode demorar bastante. Cheguei a prever que o PIB para esse ano será negativo, sendo o primeiro do Brasil a fazer essa previsão, acredito.
Salientei, também, que estávamos até ano passado em um bom crescimento e previ, antes de sair o índice oficial, que o PIB de 2022 chegaria próximo de 3%,entre 2,8 e 3,0%.
Bem, estava certo pois o IBGE divulgou o índice do PIB do ano passado que, no meu ponto de vista, apesar das dificuldades gerais do mundo, um número excelente para o ano: 2,9% positivo.
Se as coisas não mudarem a nível federal com a geração de mais confiança para a população e para os agentes econômicos, se não tivermos uma garantia de que os gastos públicos serão controlados, se a gastança da esfera governamental federal não for ajustada com uma forma de gerar credibilidade futura, se não pararem de brigar com o banco central e não pararem de contribuir para que haja insegurança, aumentarem impostos em vez de reduzirem despesas, a taxa de juros tende a demorar para baixar, as bolsas de valores continuarão derretendo, mais juros o governo central terá que pagar para rolar sua dívida via títulos públicos mais caros e a inflação não vai baixar.
Portanto, prevejo que esse ano estaremos logo, logo numa tendência de ESTAGFLAÇÃO, ou seja, estagnação do crescimento da economia, mas com inflação, cenário mais difícil ainda.
Como venho dizendo, as empresas precisam aproximarem-se mais e mais dos clientes, inovarem, buscarem alternativas de diversificação, novos mercados e construírem uma base sólida ente custos e receitas via controle de gastos.
Sempre há chance de revertermos o quadro mas dependerá muito do que o governo em Brasília irá fazer. Por enquanto, o governo federal está mais próximo de Dilma III do que de Lula III. Os primeiros números de PIB desse ano possivelmente sairão esse mês e já saberemos por onde andar. Continue acreditando em você.
Pense nisso e sucesso.