O consumidor não está tendo folga no bolso. Está difícil ir ao supermercado e voltar com todos os produtos necessários para uma boa alimentação. Ainda mais quando os salários matêm-se os mesmos e o aumento é notável em mercadorias de necessidades diárias. A pesquisa feita pelo Procon sobre a Cesta Básica do mês de maio, mostra essa dificuldade que a população está sentindo em fazer o rancho. Dos treze itens, apenas dois tiveram redução nos preços, outros dois mantiveram a média e nove apresentaram adição de custo.
O óleo e a farinha de trigo foram os dois produtos que baixaram os preços, chegando à -2.93% o óleo e a -0.20% a farinha. A massa e o sal resistem às mudanças e continuam à R$ 2,31 e R$ 1,11 respectivamente. Já o açúcar, o arroz, o feijão, a farinha de milho, o café, a margarina, os ovos, o leite integral e a chuleta tiveram acréscimo de no mínimo R$ 0,05.
Pressionados por problemas climáticos, os preços do prato típico do brasileiro, o feijão com arroz, dispararam consideravelmente nestes últimos meses. Isso dificulta a vida do consumidor, especialmente o de baixa renda, que, acuado pela recessão e pelo desemprego, cortou a compra de itens supérfluos no supermercado. Claucia Casagranda, mãe de dois filhos, garante que ir ao mercado sem os pequenos ajuda a cortar muitos gastos. “Há produtos que precisamos comprar toda semana, eu nem olho o preço, porque, por exemplo, aroz e feijão não pode faltar na mesa. Hoje compro somente o necessário, não há espaço nem dinheiro para alimentos desnecessários e vir sozinha faz eu ter mais foco”, comenta.
Já a aposentada Alice Tres questiona “Mas e quem não sente a diferença de preços? Eu estou apavorada com os valores do café, do açúiçar, do tomate, da batata… Na verdade, de tudo! A sorte é que as verduras eu planto”, salienta.
E cultivar os alimentos em casa é uma boa opção para quem pretende controlar os gastos e ter produtos mais saudáveis. “O que eu economizo no final do mês, consumindo os alimentos da minha horta… Faz a diferença não pagar, às vezes, R$ 4 o quilo do tomate. Além do que vir com uma lista para o mercado, auxilia muito a não comprar algo que não é necessário para aquele momento”, finaliza a aposentada.
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