Marijane Paese
Em época de crescente proliferação de notícias falsas ou distorcidas para atender a interesses ideológicos, a informação – pura e real, advinda da leitura e conhecimento de fatos – tem peso de ouro na sociedade. Mais do que isso: a informação tem poder decisório. É com base na interpretação feita a partir do que vemos, lemos e ouvimos que tomamos as decisões necessárias nos mais diversos momentos do dia a dia.
Quando somos exigidos a fazer escolhas que dizem respeito à nação, é importante o fazermos amparados na veracidade dos dados. A taxa de desemprego no Brasil chegou ao nível mais baixo dos últimos sete anos em agosto de 2022, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) divulgada em 30/09 pelo IBGE. No trimestre de junho a agosto, caiu a 8,9%, em meio a um contingente recorde de pessoas ocupadas, ao mesmo tempo que a renda real dos trabalhadores voltou a crescer. Quando aumentam as oportunidades de emprego, diminuem os índices de criminalidade: segundo o IBGE, em 2021 registrou-se o menor número de homicídios dos últimos 10 anos no país.
Esse é um indicador indiscutível para validar o reaquecimento econômico – se há contratações, é porque as empresas estão produzindo mais, obviamente para atender a mais demanda de consumo por parte da população.
Os números são imunes à ideologia e esclarecem muito mais do que o discurso retórico. Dados do IBGE dizem que em 2020 foram registrados os índices mais baixos de pessoas na zona da pobreza/extrema pobreza desde 2014. Importante salientar que, de 2014 a 2018, o número estava crescendo gradualmente na linha da extrema pobreza. Em 2019 foi estabilizado e, em 2020, caiu. Esse é um processo que requer continuidade, mas que está, de fato, ocorrendo.
Desde 2019, 1,4 milhão de pessoas tiveram acesso à casa própria, com a facilitação de programas governamentais. As famílias beneficiadas possuem acesso à moradia, com toda infraestrutura urbana, como asfalto, iluminação pública e redes de esgoto e drenagem. Ademais, os empreendimentos são construídos próximos a equipamentos públicos, como escola, creche e postos de segurança e de saúde.
Entre 2009 e 2013, o total de moradias entregues foi menor – 1,1 milhão (dados do Governo Federal).Ainda nesse tema, o Incra alcançou a marca de 404.993 documentos de titulação expedidos para famílias no campo no período entre janeiro de 2019 e agosto de 2022 (assentamentos da reforma agrária e áreas públicas passíveis de regularização fundiária). Somente em 2022, são 124.954 documentos para produtores rurais em todo o Brasil.
A inflação acumulada entre janeiro e agosto deste ano foi de 4,4%. Esse indicador colocou o Brasil na sexta posição de um ranking que ordena os países do G20 conforme as menores taxas de inflação. Esse índice tão positivo não é fato isolado. Considerando como base outubro de 2022, a inflação acumulada nos últimos 12 meses foi de 7,17%. O índice é muito próximo do que o registrado vinte anos atrás – em outubro de 2002, a inflação acumulada nos últimos 12 meses havia sido de 8,44%, conforme IPCA.
Esse olhar comparativo é necessário porque, nunca, depois do processo de redemocratização no Brasil, o país havia enfrentado dois episódios mundiais que impactaram direta e negativamente a economia global – a incidência da pandemia da COVID-19 e a guerra entre Rússia e Ucrânia. Mesmo assim, na contramão do que seria o esperado diante de tal contexto, a nação cresceu.
O Produto Interno Bruto do Brasil teve crescimento de 4,6% em 2021. Para 2022, estima-se crescimento de 3% (informações disponibilizadas pelo IBGE). As contas públicas devem encerrar este ano de forma superavitária, com estatais dando lucro. Isso significa a disponibilidade de R$ 13,5 bi no orçamento de 2023 para aplicação – ou em política assistencial ou em medidas que efetivamente impulsionem o desenvolvimento socioeconômico do país.
Todo político deve ser avaliado pela sua história e capacidade de gerenciar de forma honesta o dinheiro do povo. A escolha será nossa, que queremos e lutamos por um país mais forte, sustentável com liberdade econômica. Enquanto cidadãos, somos convidados a exercer nosso poder de decisão a partir das informações e de fatos verdadeiros. É necessário entendermos o quanto nossas decisões de hoje impactarão no futuro do Brasil.