Conforme psicopedagoga, é possível que os pais resgatem brincadeiras do passado, como bolinhas de gude, passa anel, jogo da forca, entre outros. Fazer um ‘dia da pizza’ também é uma opção para aprender brincando
Nas férias, toda a energia que as crianças costumam gastar fazendo atividades na escola fica acumulada. Para solucionar essa questão, cabe aos pais utilizar a criatividade para que os filhos possam continuar em uma rotina divertida e de novos conhecimentos.
Conforme a psicopedagoga Rosangela Reginatto, este é o período de resgatar as brincadeiras que os adultos tinham na infância. “Ensinar as crianças traz motivação. Pode-se fazer atividades como bolinhas de gude, passa anel, jogo da forca, stop, pular corda, caçador, brincadeiras de roda e batata quente”, aconselha.
Entre as sugestões, Rosangela também cita momentos com os filhos na cozinha, aprendendo, mas com diversão. “Realizar o dia da pizza, para as crianças fazerem a massa e montarem. Além disso, jogos de tabuleiros, quebra-cabeças, teatro de fantoches e caça ao tesouro com pistas, de acordo com a faixa etária”, cita.
De acordo com a psicopedagoga, nas férias o importante é proporcionar leveza e um ambiente tranquilo. “As atividades domésticas, como arrumar a cama, ajudar a arrumar a mesa, ler os rótulos dos produtos no mercado, fazer a lista de compras, fazer o pagamento no mercado são ótimas sugestões para conexão com as crianças, além de proporcionar vários estímulos cognitivos”, recomenda.
Ela explica que a rotina pode ser flexível nas férias, porém há momentos em que os hábitos devem ser mantidos. “A hora do banho, de dormir e horário das refeições são importantes para manter a saúde física e emocional das crianças. As comunicações respeitosas e amorosas proporcionam resultados assertivos”, garante.
Cuidado com as tecnologias em excesso
Por mais flexibilidade que as férias possam proporcionar, ainda é possível tomar cuidado sobre quais conteúdos os pequenos estão acessando. “Na minha opinião, o uso de tecnologias sem supervisão do que a criança está acessando, ou mesmo os jogos que não são apropriados para a idade e a falta de limite com o tempo de uso dos eletrônicos trazem consequências gravíssimas para seu desenvolvimento”, diz Rosangela.
A sugestão para resolver o problema, é fazer uma reunião de família, na qual as crianças possam participar com suas ideias para encontrar soluções. “Dessa forma, planejar como será definido limites de tempo e conteúdo que serão permitidos. Quando há participação deles para organização das rotinas diárias, a chance da colaboração é maior”, destaca.
Por fim, a psicopedagoga frisa que ficar apenas dentro de casa não é a única opção para diversão. “É muito importante proporcionar momentos ao ar livre, para que a criança possa andar de pés descalços, pegar sol, mexer na terra. Temos que desemparedar as crianças”, conclui.
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