Além do paciente infectado, outros oito estão sob análise em todo o país
Nesta quinta-feira, 9 de junho, o Instituto Adolfo Lutz confirmou o primeiro caso de varíola do macaco em um habitante da cidade de São Paulo, no Brasil. De acordo com informações da instituição, o homem, de 41 anos, viajou recentemente à Espanha, que atualmente é o segundo país com o maior número de casos da doença. Ele já está em isolamento.
No mesmo município, a prefeitura informou estar monitorando o estado de saúde de uma mulher de 26 anos, sem histórico de viagem. Ela está com sintomas que se enquadram na varíola dos macacos, portanto, é considerada como suspeita. Além dela, o Ministério da Saúde afirmou que outros oito pacientes estão sob vigilância sanitária. Os estados do Rio Grande do Sul, Ceará, Mato Grosso do Sul e São Paulo são os que possuem um registro de suspeitas. Santa Catarina e Rondônia possuem dois casos, cada um, em monitoramento.
Conheça mais da doença
Para termos de comparação entre a taxa de mortalidade da doença, a varíola de humanos era mais mortífera, com 30% de mortes em casos de infecção. Já a variante dos macacos, na sua via mais perigosa, mantém cerca de 20%. A mais branda registrada atualmente fica em torno de 1%, podendo chegar até 10%.
A transmissão do vírus é menos contagiosa do que, por exemplo, o coronavírus. Ele transmite mais facilmente entre animais e encontra certa resistência para ir de um humano a outro. Ainda não há um consenso entre a comunidade médica sobre a transmissão dos casos atuais, mas acredita-se que seja por contato próximo e troca de fluídos corporais.
No que diz respeito aos sintomas, a varíola pode ocasionar febre, desconforto corporal, fadiga, dores musculares e de garganta. Dentre os quadros de saúde, o que mais chama a atenção são as pústulas cutâneas, conhecidas bolinhas na pele, que deixam cicatrizes visíveis nos pacientes. O período de incubação da doença é de, aproximadamente, 7 a 14 dias, podendo chegar a 21.
Não há um tratamento específico para a varíola do macaco, mas pessoas com mais de 55 anos, que se vacinaram na época da erradicação da versão em humanos, apresentam maior resistência ao vírus. Os tratamentos para os pacientes são paliativos, focando em controlar os sintomas, mas sem combater diretamente o vírus.