Buracos pela rodovia, falta de sinalização e estrutura precária aos poucos vão ficando no passado da BR-470. Com a assinatura do termo de transferência de responsabilidade, em março de 2015, as incertezas se voltaram para as ações que seriam executadas com a troca de gestão da malha viária. Aos poucos, o que até então eram apenas indícios de melhorias, acabaram se concretizando. Entretanto, muitos pontos destacados como prioritários por políticos e técnicos durante todo ano passado ainda permanecem sem manutenção. Tal contraste entre o dito emergente e o realizado até o momento é gerador de nova incerteza. Afinal de contas, o que foi realizado após um ano de federalização?
A primeira obra ocorreu no final do mês de janeiro, com o início do restauro do trecho de acesso ao Distrito de Faria Lemos, em Bento Gonçalves, até o município de Barão. A obra está orçada em um pouco mais de R$ 43 milhões, no qual o contrato prevê a prestação de serviço de manutenção do segmento contratado com a execução dos serviços de roçadas periódicas da vegetação às margens da rodovia, limpeza e desobstrução dos dispositivos de drenagem, tapa buracos, fresagem do pavimento existente, recapeamento e sinalização horizontal.
Outro ponto positivo foi a autorização do Governo Federal para o recapeamento entre os municípios Nova Prata e o Distrito de Faria Lemos em Bento Gonçalves. Para a obra, foi realizado o processo licitatório, e a empresa Traçado foi a escolhida. Com isso, a Usina de Asfalto foi instalada em Veranópolis. O projeto inclui ainda, o trecho que liga Nova Prata a Casca, onde uma parte do reparo foi executado e a pavimentação de André da Rocha a Lagoa Vermelha, que está em andamento. Para o presidente da Associação das Entidades Representativas da Classe Empresarial da Serra Gaúcha (CICS Serra), Edson Vinicius Morello, a recuperação favorece a ligação do Porto de Rio Grande até o Porto de Itajaí. “O custo da logística para as empresas que utilizam deste serviço será menor, pois serão percorridos 200 quilômetros a menos”, aponta.
De acordo com ele, a federalização resultou na instalação da Polícia Rodoviária Federal, que passou a autuar aqueles que não cumprem a legislação, e com isso reduzindo os números de acidentes. Além disso, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) também fez a sua parte colocando as equipes para a manutenção da via. “Está em andamento a recuperação da rodovia que iniciou no acesso de Faria Lemos e está em Carlos Barbosa”, reforça.
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