Reforços militares à Ucrânia fizeram os líderes de Moscou se posicionarem mais rigorosamente contra o restante do mundo
Nesta semana, movimentações recentes no cenário da guerra entre Rússia e Ucrânia fizeram com que novas ameaças, ainda mais alarmantes, fossem disparadas por líderes de Moscou. Serguei Lavrov, chefe de diplomacia da capital russa, afirmou nesta segunda-feira, 25 de abril, que o risco de uma terceira guerra mundial é “sério, é real, não podemos subestimá-lo”.
Essa afirmação de Lavrov veio junto de novidades no conflito entre os países ao leste da Europa, que já dura mais de dois meses. No mesmo dia, dois ministros norte-americanos visitaram Kiev, capital Ucraniana, e ofereceram maior apoio ao país atacado, dizendo que eles possuem chances reais de vencer a guerra. Eles informaram ao presidente Volodymyr Zelensky que os Estados Unidos aprovaram US$ 713 milhões em financiamento militar, além de outros parceiros e aliados se unirem ao confronto.
Resposta russa
Ainda na terça, 26, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas, Antônio Guterres, foi à Rússia para conversar com o presidente Vladimir Putin, que afirmou ainda buscar vias diplomáticas para pôr um fim na “operação militar”, como se refere a guerra. Putin também negou o caso que vem sendo analisado sobre acusações de que seu exército tenha realizado massacres e crimes de guerra.
O encontro entre os dois representantes não resultou em abrangência pacífica no conflito, pelo contrário, já que nesta quinta-feira, 28, a Rússia intensificou os ataques ao Leste e Sul da Ucrânia. O presidente russo ainda afirmou recentemente que qualquer ajuda ao adversário será retaliada de forma rápida. “Temos todas as ferramentas para isso, coisas que ninguém mais pode se gabar de ter agora. E não vamos nos gabar, vamos usá-las se necessário. E quero que todos saibam disso”, disse a parlamentares em São Petersburgo.
Mortos nos ataques
Nesta quinta, o chefe de polícia regional de Kiev, Andriy Nebytov, afirmou que desde o início da invasão russa à capital foram encontrados 1.150 corpos de civis. Ele afirma que cerca de 50% a 70% deles têm ferimentos de balas e armas de pequeno porte. A maioria dos copos foram encontrados em Bucha, onde centenas foram achados.
A Rússia segue negando que tenha realizado ataques a civis, como afirmou Putin a Guterres em encontro na terça. Além dos cadáveres, a cidade encontra-se devastada e com escombros de edificações espalhados pelas ruas. Além de Bucha, Mariupol, Kharkiv e muitas outras tem feridos, mortos e refugiados.