Os professores estaduais de Bento Gonçalves não seguiram a mobilização convocada pelo Centro de Professores do Rio Grande do Sul (Cpers) e mantiveram as aulas normalmente nas 20 escolas da rede e nos dois Núcleos de Educação de Jovens e Adultos (Neja). Em algumas instituições o debate foi levado à sala de aula, como na Escola de Ensino Fundamental São Valentim, no Distrito de Tuiuty, onde educadores conversaram com os alunos sobre as principais demandas da categoria.
A presidente do 12º núcleo do sindicato, Juçara Borges, responsável por 18 municípios da região, atribui a baixa adesão ao poder aquisitivo maior das famílias. “Em algumas escolas de outras cidades houve paralisação, mas a maioria optou por fazer uma Aula Cidadã. É difícil a categoria se mobilizar”, ressalta. Além da questão do atraso nos salários, os educadores reivindicam o pagamento do piso nacional, o respeito a um terço da hora/atividade, o não parcelamento dos salários e a nomeação de concursados. Atualmente o básico de um professor estadual é de R$ 630,10 para 20 horas de trabalho e é sobre este valor que incide todos os benefícios da categoria. Se o piso nacional fosse pago, este valor seria de R$ 1.067,82 para 20 horas e R$ 2.135,64 para 40 horas. Hoje, os professores recebem apenas o complemento salarial.
Leia mais na edição impressa do Jornal Semanário desta quarta-feira, 2 de março.