Segundo presidente de sindicato, o valor para o cliente final pode demorar para subir
Nesta semana, a Câmara de Regulamentação do Mercado de Medicamentos (Cmed) divulgou uma nova tabela de preços que irão vigorar a partir de sexta-feira, 1º de abril. De acordo com o documento que oficializa o reajuste, o novo custo terá aumento de 10,89%, sendo maior que em 2021. As indústrias farmacêuticas justificam que alta acompanha o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA).
O Cmed também levou em conta outros indicadores econômicos para estabelecer o percentual de reajuste, como produtividade do setor farmacêutico, preços relativos intrassetor, entre outros. Ao todo, serão mais de 13 mil medicamentos afetados pelo reajuste, em todo o território nacional.
O Bolso será afetado?
O presidente do Sindicato dos Produtos da Indústria Farmacêutica (Sindusfarma), Nelson Mussolini, disse que o reajuste não será imediato e nem automático, pois a concorrência comercial é grande entre as empresas do setor. “Medicamentos com o mesmo princípio ativo e para a mesma doença são oferecidos no país por vários fabricantes e em milhares de pontos de venda”, informou o Sindusfarma em nota.
Mussolini ainda esclareceu que o possível aumento dependerá da reposição de estoques e das estratégias comerciais dos estabelecimentos, que podem levar meses para repassar o custo ao balcão, na compra do consumidor. Ele até mesmo afirmou que essa elevação pode nem acontecer ou chegar nos clientes finais dos medicamentos.