Durante os anos 70 os bailes de Carnaval em clubes continuaram com muita força. As marchinhas, os sambas enredos das Escolas do Rio de Janeiro e as músicas criadas pelos blocos da cidade davam o ritmo da festa. A professora Marlove dos Santos e atual presidente do Clube Aliança lembra que blocos vinham de Montenegro, Carlos Barbosa e Novo Hamburgo. “Eu fazia parte do ‘Broco da Broca’ e gostava de pular as quatro noites”, destaca. Com fantasias especialmente desenhadas para cada ano, a entrada do bloco gerava uma expectativa no salão. “A cada bloco que chegava para a festa, mais cor, mais alegrias se juntavam à brincadeira”, opina. Ela conta que sempre foi uma apaixonada pelas festas de Momo. “Gostava de me arrumar com vestidos e plumas”, acrescenta.
O cantor Agenor Pertile, 74 anos, vivenciou os bailes com a visão de quem estava no palco. Na época ele era trompetista e vocalista da Pertile e Ban- da. “Muitas marchinhas eram criadas para criticar a política da época, era uma forma das pessoas se expressarem”, diz. Pertile diz que nos anos 70 os blocos tinham muita força e, além das marchinhas, outras músicas começaram a surgir. “Tocavámos músicas da Jovem Guarda em ritmo de Carnaval”, completa.