Discussões estéreis!

Incrível como TUDO toma proporções gigantescas no Brasil. Desde que as redes sociais deram vez e voz para todos, se verifica a disseminação da discórdia, do ódio, das agressões, das ofensas, das discussões estéreis e inconsequentes. Pouco importa se o que posta algo é contra, a favor ou muito antes pelo contrário. Se é, invariavelmente, atacado, sem resquícios de educação. E depois da vitória de Bolsonaro, já no dia seguinte à apresentação do resultado da eleição, começou a campanha eleitoral de 2022 e, com ela, o festival de absurdos que motivaram, inclusive, rompimentos de relações, até mesmo familiares. Por que isso ocorreu e continua ocorrendo?

Qual será o epílogo disso?

Não, erra redondamente quem pensa que tudo terminará após as eleições de 2022. Tudo recomeçará – e creio que pior, com mais contundência – seja quem for o vencedor -, NO MESMO DIA EM QUE O RESULTADO FOR ANUNCIADO. Teremos uma reprise do que aconteceu nos Estados Unidos, com Trump mandando seus seguidores irem até o Congresso e invadirem porque perdeu a eleição? Aposto que sim e, pior, o confronto não será entre a segurança do nosso Congresso e policiais. O confronto será fratricida e o resultado totalmente imprevisível, tamanho o ódio que pulula nas redes sociais. Quem vencerá? NINGUÉM! Quem perderá? Obviamente, o Brasil e seu povo. Será que ninguém está se dando conta disso?

Vai faltar água?

É o que essa estiagem está sinalizando, não? Aliás, há quanto tempo se fala em estiagem no Rio Grande do Sul?  Há quanto tempo as soluções não são apresentadas e aplicadas? Entra governo, sai governo e a estiagem segue sendo verificada, prejudicando a economia do Estado. Mas, pelo jeito, o governo atual “encontrou a solução”: quer porque quer privatizar a CORSAN. Talvez com isso a “iniciativa privada” oferecerá água para todos “mais barata e abundante”, né? O pior é que existem aqueles que apoiam a privatização da nossa ÁGUA, ignorando que água é VIDA e não se coloca a VIDA nas mãos do LUCRO. Faltará água? Sim, mas a VIDA terá que ser priorizada. Ou não?

E por falar em privatizar…

Breve teremos a privataria das rodovias da serra gaúcha. E o governo, além de querer enfiar um pedágio entre Carlos Barbosa e São Vendelino – 13 míseros quilômetros, com tarifa de R$ 7,95 – quer, também “reestadualizar” parte da BR-470, entre Carlos Barbosa e a RS-444, acesso ao Vale dos Vinhedos, para enfiar nesses também 13 quilômetros, OUTRO PEDÁGIO. Como em São Sebastião do Caí (contra o quê a população está protestando e o prefeito também) haverá pedágio, nós, felizes bento-gonçalvenses, seremos “brindados” com TRÊS PEDÁGIOS PARA IRMOS A PORTO ALEGRE, desembolsando algo próximo a R$ 50,00 (ida e volta), uma “bagatela” para se percorrer a “imensidão” de 120 quilômetros.

Os atuais pedágios?

Bem, os atuais pedágios, QUATORZE sob a responsabilidade o Estado, da EGR – que querem extinguir -, cobram tarifas há ONZE anos e NINGUÉM, político ou não, quis saber ONDE enfiam o dinheiro arrecadado. O Secretário de Estado já falou, em entrevista que eu OUVI, que o custo administrativo dos pedágios é inferior a DEZ POR CENTO, com o que se conclui que sobrem NOVENTA POR CENTO da arrecadação, teoricamente para investimentos nas rodovias. E aí? Onde enfiam esses 90%? Ser favorável a pedágios – e eu sou – não significa apoiar coisinhas como essas: três pedágios para ir a Porto Alegre? E por TRINTA ANOS? Oremos!

Já caiu a ficha?

Bem, em Porto Alegre, na Câmara de Vereadores e na Assembleia Legislativa, já caiu. As duas casas revogaram as medidas absurdas tomadas e acabaram com o acréscimo de verbas que se autoatribuiram. A pressão da população, guiada pela imprensa, surtiu efeitos. E aqui, na nossa Câmara de Vereadores, que se deram um “aumentinho” salarial de R$ 1.263,25, que, no meu entender, o projeto teve “vício de origem” (leiam a Constituição Federal e a Lei Orgânica, que é a constituição do Município), ainda não se reuniram – as sessões extraordinárias não são remuneradas – para revogar tal aumento e o Prefeito Diogo ainda não vetou a lei. Será que o Ministério Público e a justiça terão que agir?

E a inflação?

E não é que a inflação chegou aos dois dígitos? A “oficial”, claro, porque a real só quem precisa ir aos mercados comprar alimentos e outros produtos pode atestar. E as “previsões” de “economistas de plantão”, no que resultou? Baseados em números de 2020 afirmaram que em alguns setores houve crescimento e outras coisas mais. Acertaram no que, mesmo?

Últimas

Primeira: A Fundação Consepro tem sido o esteio da segurança pública de Bento Gonçalves. Supre até mesmo as necessidades primárias de órgãos como a polícia civil, a BM e o corpo de bombeiros, contando com o apoio da comunidade, de empresas e da prefeitura;

Segunda: Agora teremos a oportunidade de contribuir, quando do pagamento do IPTU, para fortalecer a Consepro e a segurança pública. Como essa contribuição nos é restituída na forma de uma melhor segurança, vamos colaborar;

Terceira: Se fala, no governo, da retomada das ferrovias no Brasil. Como? Agora, que já foram sucateados os trechos que não interessavam, economicamente, a iniciativa privada? Esse País é, mesmo, uma “república das bananas”;

Quarta: Quantas vezes foi tentada a reativação da ferrovia que liga Bento a Esplanada, próxima à ponte do Rio das Antas? Ou, pelo menos, da cidade até o bairro São Roque, Tuiuti, Veríssimo de Matos, tudo em vão?

Quinta: Quem assiste ao programa “O Brasil Visto de Cima” do canal Viva deve ficar perplexo ao constatar o absurdo número de cidades cujas estações ferroviárias e ferrovias foram desativadas pela “privataria”;

Sexta: Um reciclador de lixo encontrou, no meio dele, R$ 4.000,00 em espécie, e devolveu ao pequeno comerciante que o jogou ali, erroneamente;

Sétima: E esse reciclador disse que “o que não é nosso tem que ser devolvido ao dono”. São essas atitudes que nos fazem ter esperança de que alguns políticos se toquem e as imitem;

Oitava: Antes essas coisinhas foram chamadas de “mensalão”. Agora o nome é “emendas secretas” e o valor aumentou substancialmente;

Nona: E quem sempre está no poder é gente do “centrão”. Desde 1964 eles estão habitando o Palácio do Planalto, mas agora com poderes inimagináveis. Seu líder será a palavra final no destino do Orçamento. Pouco bom?

Décima: Não, nem eu nem as “vítimas” dos tachões no meio das ruas, dos quebra-molas ilegais e erguidos em locais proibidos pela legislação os esquecemos. Apenas aguardamos que tudo seja regularizado e legalizado, usando-se as verbas de multas e IPVA;

Décima-primeira: E que tal o novo preço do Gás Natural Veicular, o GNV? Aposto que se privatizarem tudo o preço será barato, conforme disse o Ministro Guedes…