A previsão do Banco Central sobre o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), é de que a inflação termine 2021 acima dos 10%, com base nas atuais informações econômicas, como é o caso da taxa de juros que está em 9,25% ao ano. A informação foi divulgada em relatório nesta quinta-feira, 16. De acordo com o documento, a expectativa é de que o índice chegue a 10,2%. Em setembro passado, a projeção para a inflação no ano era de 8,5%, o que não deve se concretizar.

Conforme o Banco Central, a inflação ao consumidor continua persistente e elevada, gerando insegurança e preocupação sobre os possíveis efeitos que isso venha ocasionar no ano que vem. “Há preocupação com a magnitude e a persistência dos choques, com seus possíveis efeitos secundários e com a elevação das expectativas de inflação, inclusive para além do ano-calendário de 2022”, diz o relatório.

A meta da inflação para este ano, definida pelo Conselho Monetário Nacional, girava na casa dos 3,75%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Já para o ano que vem, a estimativa é de que o índice fique em 3,5% e 3,25% no ano seguinte, segundo a CNM.

Gasolina, gás de cozinha e energia elétrica seguem como vilões

O documento publica mostra ainda que produtos como a gasolina, botijão de gás e energia elétrica são os principais responsáveis pelo aumento da inflação em 2021. Para o ano que vem, a projeção é de que haja redução nos valores praticados, principalmente com a retirada da bandeira de energia elétrica em vigor e a queda no preço de barril de petróleo no mercado internacional.