O custo da cesta básica em dezembro ficou em R$222,01, levando em consideração 13 itens pesquisados. O valor foi 0,38% menor em relação a novembro, quando o custo ficou em R$222,84. Os preços foram pesquisados pela Agência de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon). O levantamento do jornal Semanário apontou que dos 13 produtos que compõem a cesta, cinco ficaram mais baratos e um ficou estável. O leite integral teve uma queda de 5,25% no preço e o arroz (5kg) 4,48%. Já a margarina subiu 13,45%, a farinha milho 8,90% e o feijão 6,46%. O produto que menos impactou no bolso do consumidor foi o óleo de soja. Se for analisado o custo dos mesmos produtos em relação ao ano de 2014, o valor subiu 6,74%, já que naquele ano a conta ficava em R$207,98.
Para o consumidor, a principal saída encontrada para economizar continua sendo a pesquisa de preços. A coordenadora da área do setor moveleiro, Glaucia Fontanivi, costuma fazer compras semanais com o esposo Anderson Boacoski, que é trabalhador autônomo. Eles costumam ficar de olho nas ofertas. “Ficamos atentos às propagandas e compramos onde é mais barato”, explica Glaucia.
A dona de casa Suzana Soriano Rodrigues e o marido Eder Nunes, operador de guincho, também costumam comparar preços entre os estabelecimentos. “Normalmente não compramos tudo no mesmo lugar, vamos a mais de um supermercado e também à Feira Livre”, revela Nunes. Ele conta que o casal aboliu a compra mensal, o tradicional rancho, por compras menores. “Pesquisamos bem antes de comprar qualquer coisa”, completa.
A inflação não será a única vilã do bolso dos contribuintes em 2016. Com perdas na arrecadação, o governo federal e do estado elevaram os tributos. O Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) teve aumento no Rio Grande do Sul e já assustou com o reajuste na gasolina. Para o mestre em economia da Universidade de Caxias do Sul (UCS), Jaci Tasca, o consumidor deverá sentir o impacto deste aumento nos itens de supermercado a partir de março. “Por enquanto os supermercadistas têm mercadoria em estoque e não devem repassar o aumento”, analisa.
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