O Sistema de Seleção Unificada (Sisu) registrou, até as 20 horas desta segunda-feira, 11 de janeiro, 2.469.945 inscrições e 1.278.713 inscritos. O Sisu usa as notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para selecionar candidatos às vagas em instituições públicas de educação superior em todo país. Também foram constatados, nas redações, depoimentos preocupantes de mulheres que sofreram algum tipo de violência.
Sobre o Sistema de Seleção Unificada
Na primeira edição de 2016, o Sisu ofertará 228 mil vagas em 6.323 cursos de 131 instituições públicas de educação superior. As inscrições para a seleção unificada estão abertas e podem ser feitas até as 23h59 da próxima quinta-feira, 14, na página do programa na internet.
Em entrevista coletiva, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, apontou um crescimento do Sisu. Nesta primeira edição de 2016, houve um aumento de 10,9% no número de vagas ofertadas em relação à primeira edição de 2015, passando de 205.514 para 228.071 vagas. O Nordeste é a região com maior número de vagas ofertadas, 90.110, seguido pelo Sudeste, com 61.047. Além da expansão no número de vagas, também houve ampliação no número de municípios ofertantes, que passou de 180 em 2010 para 555 este ano, um aumento de 208%.
Mercadante também falou da importância da Lei de Cotas nas universidades e institutos federais, que este ano supera os 50% exigidos pela Lei nº 12.711/2012. “Nós temos mais de 2 milhões de vagas para os estudantes que vão entrar no ensino superior, quando nós discutimos cotas nós estamos falando de universidades públicas, dando prioridade à escola pública”, afirmou.
O candidato pode se inscrever no processo seletivo do Sisu em até duas opções de vagas e deve especificá-las, em ordem de preferência, em instituição de educação superior participante, local de oferta, curso e turno. O sistema indicará as notas de corte para cada curso ao estudante, que vai poder alterar as opções de acordo com a nota.
Além dos números do Sisu, durante a coletiva, o ministro também falou sobre 55 redações que chamaram a atenção dos avaliadores pelo teor. “Nós verificamos em muitas redações depoimentos muito preocupantes de pessoas que foram assediadas, estupradas ou testemunhas de casos de violência. Em muitos destes casos a violência está muito próxima. A redação foi um grande momento de reflexão não só para os participantes, mas para toda sociedade”, disse Mercadante.
O Ministério da Educação foi orientado pelo Ministério Público Federal a divulgar os canais institucionais de proteção à mulher: Central de Atendimento à Mulher, ligue 180; Rede de Enfrentamento à Violência contra a Mulher, na página da Secretaria de Políticas para as Mulheres; Sala de Atendimento ao cidadão do Ministério Público Federal, da Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão, pela página na internet ou pelo telefone (61) 3105-6001.
Informações do Ministério da Educação.