Outubro foi o mês com maior número de ocorrências registradas, sendo 21 casos
A segurança pública tem tido altos e baixos em alguns índices criminais em Bento Gonçalves. Nesta semana, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) do Rio Grande do Sul anunciou os dados do último mês. Em outubro, a Capital do Vinho apresentou um dado alto de roubos, foram 21 no total, porcentagem 90,9% maior que em janeiro do mesmo ano, que apresentou 11 casos. Dados esses que preocupam a população, que deve tomar cuidado em algumas situações.
Esse número delituoso representa poucas categorias de roubos, sendo a de assalto ao pedestre uma das que mais preocupam. Foram vários casos em que pessoas eram coagidas a passar seu telefone celular, carteira, dinheiro, entre outros bens para criminosos armados, sozinhos ou em duplas. Além de bandidos que agem de maneira ainda mais violenta, agredindo a vítima.
Ao longo deste ano, os índices de assaltos começaram baixos em janeiro e fevereiro, mas ainda em março, teve um pico de 19 ocorrências. Depois disso, os números se mantiveram em uma média de 14 delitos, de abril a agosto. Porém, em setembro e outubro os dados voltaram a aumentar, sendo mês passado o recordista do ano nesse crime.
O Estado de olho em Bento
No início de julho de 2020, a Capital do Vinho entrou no programa RS Seguro, pertencente ao governo do Estado. Essa ação representa um serviço mais cuidadoso que é realizado nos quesitos de segurança pública em municípios que merecem maior atenção no tema. São nesses locais que a gerência pública traz mais integração entre órgãos, inteligência em sistemas e investimento qualificado.
O RS Seguro iniciou em 28 de fevereiro de 2019, contando com 18 cidades em que os índices criminais estavam preocupando. No ano seguinte, Bento foi incluída, pois há quatro categorias de crimes que deixam o estado em alerta: CVLI (crimes violentos letais intencionais), furto e roubo a veículo e roubo a pedestre. Os índices de furto e roubo a veículo diminuíram, mas como visto nos dados da SSP, assaltos a pedestres se mantem instáveis e em alta nos últimos meses.
Medidas protetivas
Para contrapor a ação de criminosos, o governo do Estado anunciou recentemente o “Avançar na Segurança”, que justamente trará investimento para vários municípios, focando nas 23 cidades do programa que serão mais visadas no repasse de verbas. Além disso, a Prefeitura Municipal de Bento Gonçalves, através da Secretaria de Segurança, está implantando projetos para combater atos delituosos, como o “Sentinela da Serra” e o “GPS Rural”.
A questão é que ações policiais estão sendo realizadas para frear o ato criminoso, mas os números estão em uma crescente. Cabe ao cidadão aderir a algumas escolhas de proteção simples para evitar se tornar uma vítima em potencial.
Como se proteger
O delegado da 1ª Delegacia da Polícia Civil (1ªDP) de Bento Gonçalves, Renato Nobre, já havia falado em sua posse, dia 18 de outubro, o quanto esse fator de roubos o preocupava. “São crimes com pouca elucidação porque acontecem na rua, normalmente ninguém viu, não há muitas informações. É um tipo de delito que estamos de olho nas reuniões”, explica.
Para ajudar, ele passa dicas aos cidadãos de como evitar situações de risco que possam chegar a um assalto. Nobre fala que o principal é jamais reagir caso esteja sendo roubado, já que isso pode resultar em caminhos muitos piores para o delito, como a violência ou, até mesmo, a morte.
Quanto aos cuidados, o delegado menciona que os bento-gonçalvenses devem tomar cuidado ao usarem o celular enquanto estão em uma região pouco movimentada, principalmente à noite. “As pessoas, às vezes, ficam mexendo no celular em locais que podem ser um pouco mais inapropriados, por exemplo, à noite em uma parada de ônibus vazia, isolada, se tornando um alvo fácil para os assaltantes que podem chegar de moto ou a pé”, exemplifica.
Ele também alerta que os criminosos percebem quando a pessoa está com uma bolsa ou sacola cheia, pois podem estar carregando vários itens que interessem aos delinquentes. Portanto, é recomendável circular em locais mais movimentados, e não isolados, como um beco ou rua pouco iluminado e sem ninguém.