O número de mortes causadas pelo novo coronavírus segue em alta na região da Serra Gaúcha, conforme apontou o boletim semanal do Comitê de Crise do Governo do Estado do Rio Grande do Sul, divulgado na quarta-feira, 6 de outubro. Os dados mostram que nos últimos sete dias, o indicador de óbitos sofreu elevação de 32%, na comparação com o levantamento anterior. Apesar dos dados negativos neste quesito, as informações mostram queda de novos casos e hospitalizações provocadas por complicações no quadro de saúde. Com esses indicadores, a região permaneceu sem nenhum aviso do Sistema 3As de monitoramento.
Conforme os dados, na última semana a região registrou 33 óbitos. No Estado, o número chegou a 150, ou seja, 22% dos falecimentos por coronavírus ocorreram na Serra.
Já o número de hospitalizações caiu 31,4% na comparação com a semana passada. No levantamento geral, há tendência de queda também em todo o território gaúcho. Entre os motivos está o avanço da vacinação que mostra pouco mais da metade da população da Serra Gaúcha completamente imunizada com as duas doses ou a vacina de dose única.
A queda também foi verificada no número de novos casos de covid-19. Foram 1.668 em uma semana, registrando declínio de 5,1% na comparação com o levantamento anterior. No Estado também há tendência de queda (-0,3%).
A taxa de ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) está em 53,6. São 188 pessoas internadas até o momento e 163 leitos livres.
Até o momento, 194.311 pessoas foram infectadas pela covid-19 na Serra Gaúcha. Desse total, 3.328 morreram em decorrência de complicações da doença.
Neste último relatório, apenas a região de Capão da Canoa recebeu um novo aviso do Grupo de Trabalho de Saúde (GT Saúde), que já havia recebido um na semana passada e foi novamente advertida, devido à piora em indicadores da pandemia. Capão da Canoa apresentou piora em indicadores como casos confirmados e óbitos, o que demonstra a necessidade de redobrar a atenção para o quadro da pandemia e adotar medidas para conter o crescimento. A situação é ainda mais delicada por se tratar de uma região em que o fluxo de pessoas deve aumentar com a proximidade do verão e do fim do ano.