Ainda não há certeza, mas um novo reajuste nos preços dos combustíveis não está descartado pela Petrobras. A informação foi comunicada na tarde de segunda-feira, 27, durante entrevista coletiva com a diretoria da estatal, pelo diretor de comercialização e logística, Claudio Mastela.
Segundo o dirigente, há uma defasagem nos preços internos, o que favoreceria ao aumento nos preços. No entanto, Mastela afirmou aos jornalistas que a direção ainda analisa esta possibilidade, mas que não está descartado um aumento futuro. “Estamos olhando com carinho, com cuidado, a possibilidade de um reajuste, sim”, revela.
Caso se concretize, a Petrobras ainda não revelou qual seria este aumento e quando ocorreria, uma vez que toda a decisão passa por análise de fatores. Entre os apontamentos está o alto preço do petróleo, que nos últimos dias ultrapassou os 70 dólares.
A política de preços da Petrobras foi adotada em 2016, ainda no governo do ex-presidente Michel Temer. Na época, a estatal passou a utilizar um cálculo chamado Paridade de Preços de Importação, cujo objetivo é evitar que haja prejuízos para a empresa pública, por não repassar aumentos nos produtos comprados do exterior.
O cálculo é feito através de quatro elementos: variação internacional do barril do petróleo, cotação do dólar em reais, custos de transporte e margem definidas pela Petrobras, que é utilizada como um seguro contra perdas.