Sou forçado a escrever novamente sobre inflação pois há pouco tempo foi meu artigo (03.07.21) onde coloquei que tínhamos como controlar esse mal.
Ponderei que o país já viveu horrores com a inflação. No final da década de 1970 e em toda a década de 1980 foi terrível. Logo antes do plano Real, em 1993, nosso índice chegou a 2.477,15% ao ano. Também, trouxe que, depois do Plano Real (1994), a inflação foi domada. Foi de 22,41% em 1995, em 9,56% em 1996, 5,22 em 97, 1,66% em 98. De lá para cá, os índices tiveram altos e baixos mas sempre controlados, quase todos menores que 10% ao ano e, nos últimos anos, 2018 com 3,75% e 2019 com 4,31%. Acrescentei que o aumento de inflação está ocorrendo quase no mundo todo.
Agora, o IPCA-15 ( índice nacional de preços ao consumidor amplo 15 ), que mede a prévia da inflação atual, registrou 0,89 em agosto. A taxa é superior ao 0,72% de julho deste ano e ao 0,23% de agosto do ano passado. Esta é a maior variação para um mês de agosto desde 2002 ( quando foi de 1%).
O IPCA-15 acumula taxa de inflação de 9,30% em 12 meses, segundo dados divulgados nessa semana(25) pelo IBGE.
Na prévia de agosto, o principal impacto para a inflação veio do grupo de despesas habitação, que registrou alta de preços de 1,97%, influenciada pela energia elétrica, cujo custo subiu 1,11% na prévia do mês. O comportamento do grupo foi influenciado pelas altas de preços da gasolina (2,05%), do etanol (2,19%) e óleo diesel (1,37%). Em média, os combustíveis tiveram inflação de 2,02% no período.
Os alimentos e bebidas tiveram inflação de 1,02%, devido às altas de produtos como tomate (16,06%), frango em pedaços (4,48%), frutas (2,07%) e leite longa vida (2,07%).
O grupo saúde e cuidados pessoais foi o único que apresentou deflação (queda de preços), ao recuar 0,29% na prévia do mês.
A estimativa atual para inflação de todo o ano de 2021 aumentou para mais de 7% ( antes não passava de 6% ).
Está fora de controle: não. Mas temos que ficar de olho nos monopólios, nos preços controlados pelo governo ou por estatais, na taxa cambial pois o poder de compra pode ser afetado no médio prazo pois os salários não são reajustados no mesmo ritmo da inflação.
A SELIC que é usada para também para controlar a inflação tende a continuar aumentando, o que eleva a taxa de juros e o crédito torna-se mais caro.
Ainda estamos em patamares controláveis mas é bom que os políticos a nível federal controlem seu ímpeto para tranquilizar a economia e não colocar mais lenha na fogueira. Esperemos então e façamos nossa parte de continuar acreditando no país.
Pense nisso e sucesso.