Esta semana marcou o início das Olimpíadas 2020 de Tóquio, que em função da pandemia, estão sendo realizadas somente neste ano de 2021. A reportagem do Jornal Semanário entrevistou alguns atletas de Bento Gonçalves, que contaram algumas histórias relacionadas ao amor por este que é o principal evento esportivo do mundo e sobre como o torneio pode influenciar no gosto e na sequência dentro do esporte para pessoas que estão iniciando.
Douglas Ramos, técnico da equipe Garra Team de Jiu Jitsu e que possui a matriz em Bento Gonçalves, lamenta o fato de o Jiu-Jitsu não ser esporte olímpico, mas devido ao seu contato também com o judô, é um esporte que sempre acompanha nas Olímpiadas.
Douglas é um apaixonado pelos jogos olímpicos e ressalta a importância do torneio para desenvolver o gosto pelo esporte para as pessoas mais jovens. “Acredito que tem muito jovem que possa se inspirar em campeões olímpicos, quando possuem contato com o mesmo esporte daquele atleta. A judoca Rafaela Silva, medalhista em 2016, por exemplo, foi um marco histórico para o judô brasileiro e também para o esporte feminino na época, para a ascensão cada vez maior das mulheres no esporte”, relata.
Já a atleta Helen Spadari, afirma que sempre se interessou por assistir o atletismo, modalidade pela qual disputou as seletivas para os jogos olímpicos e acumula ótimos desempenhos desde que começou a praticar, ganhando notoriedade no cenário do esporte.
Ela conta que acompanha os atletas conhecidos desde a preparação e os treinamentos, via redes sociais. A estrutura do entorno das olimpíadas também é um aspecto que chama a atenção de Helen. “Gosto de acompanhar como está toda a questão da Vila Olímpica, o espaço destinado aos brasileiros, os cuidados com a Covid, já que sem dúvidas é uma Olimpíada típica devido a pandemia”, conta.
Ela relata ainda que algumas histórias marcantes relacionadas aos jogos olímpicos, serviram de motivação para que seguisse no esporte, como a do Vanderlei Cordeiro de Lima nas olimpíadas de Atenas em 2004, na qual ele foi atrapalhado por um cidadão que invadiu a pista de atletismo. Mesmo assim, Vanderlei persistiu e conseguiu uma medalha de bronze. Spadari fala também a respeito de sua torcida. “Tenho vários atletas que estou na torcida e que são marcantes, em especial, as meninas do 3000m com obstáculos que classificaram nestes Jogos Olímpicos por pontuação, as duas tem 31 anos e vivenciam a primeira participação delas, juntas. Sem contar, que no naipe feminino do atletismo, elas são as únicas representantes das provas de meio-fundo e fundo, ou seja, dentre as provas de 800m a maratona, elas foram as que alcançaram a vaga. Em relação a chance de medalhas, tem alguns nomes fortes para isso: Alisson Santos dos 400m com barreira, Darlan Romani (peso), Caio Bonfim e Erica Sena da marcha atlética, além dos revezamentos que estão com equipes fortes, tanto no masculino, como no feminino e misto. Há outros atletas, que eu diria estarem na zona de medalha, como o Thiago Braz que foi campeão e recordista no Rio 2016, Almir Junior do salto triplo. Boa parte da delegação tem como meta conseguir classificar para as fases finais”, projeta.
Foto: Agência Brasil