O principal órgão do corpo precisa de nutrientes específicos para um bom funcionamento. Ingerir alimentos naturais é sempre a melhor escolha
Há um dito popular que faz sentido: ‘você é aquilo que come’. Isto porque a alimentação atinge diretamente o cotidiano, mexendo com a saúde como um todo, inclusive no bom funcionamento do cérebro.
Segundo a nutricionista hospitalar do Tacchini, Vera Maria Kafer, uma alimentação equilibrada influencia no bom funcionamento da mente. “Pode ser capaz de trazer benefícios e prevenir os efeitos de determinadas doenças cerebrais no decorrer da vida do indivíduo”, explica.
De acordo com a nutricionista Bruna Pedrotti, quando há uma alimentação saudável, balanceada e rica em nutrientes, o cuidado está no corpo como um todo. “O nosso cérebro é um órgão, assim como todos os outros, que precisa receber nutrientes específicos para o seu funcionamento e atingir o máximo do seu potencial. Alguns alimentos são de extrema importância para turbiná-lo”, afirma.
Vera explica que os neurotransmissores, substâncias químicas produzidas pelos neurônios que são responsáveis por enviar informações a outras células nervosas, são atingidos por meio dos alimentos ingeridos. “Dependendo dos nutrientes que o cérebro vai receber, a atividade e os resultados cognitivos serão diferentes, melhores ou piores, pois eles são responsáveis pelo aumento da quantidade e qualidade dos neurotransmissores que possuímos. Uma alimentação adequada pode melhorar o humor, a capacidade de raciocínio, da memória, concentração, estado depressivo ou ansioso e demais habilidades cognitivas, incluindo a qualidade do sono”, ressalta.
A profissional salienta que não há apenas um alimento que se deva consumir para alcançar uma boa saúde do principal órgão do corpo humano. “Uma grande variedade deve ser incluída na dieta para obter os benefícios da saúde do cérebro”, destaca.
O que não comer
A nutricionista do Tacchini enfatiza que comer alimentos mais naturais é sempre a melhor escolha. “Uma alimentação rica em alimentos processados e ultraprocessados, açúcares, sódio, rica em gorduras saturadas e trans pode prejudicar o funcionamento do cérebro e piorar os sintomas de saúde mental”, realça Vera.
Segundo Bruna, a ingestão desse tipo de comida traz muitos malefícios. “Eles são prejudiciais ao nosso organismo, atingindo também o nosso sistema nervoso”, enfatiza. A profissional da saúde afirma, ainda, que uma alimentação saudável é ter diariamente a oferta de verduras, legumes e alimentos naturais. “Nas refeições, como almoço e jantar, ter um prato bem colorido, além do consumo diário de água e prática regular de atividade física. O equilíbrio é essencial para uma dieta saudável e sustentável, evitando alimentos ricos em açúcar, frituras e industrializados, principalmente os ultraprocessados”, aconselha.
Cuide-se para o futuro
Comer bem pode trazer qualidade de vida para o futuro. Vera frisa que os idosos são mais suscetíveis a alterações do estado nutricional em decorrência das mudanças compatíveis ao envelhecimento, como predisposição genética, inatividade física e comorbidades frequentemente associadas ao processo de envelhecimento. “Assim, torna-se de fundamental importância uma boa alimentação com consequente manutenção de massa muscular para evitar ou retardar doenças mentais degenerativas, por exemplo, o Alzheimer”, sublinha.
A especialista em nutrição humana explica também que para um bom funcionamento cerebral é importante ter um sistema gastrointestinal saudável. “Para isso, a alimentação deve ser rica em fibras, minerais e vitaminas, carboidratos complexos, proteínas de origem vegetal e animal e que inclua gorduras benéficas, como é o caso do ômega 3. Assim, o intestino poderá extrair o máximo dos nutrientes e manter o corpo e a mente saudáveis”, conclui.
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