Com a meta de vacinar, pelo menos, 90% da população-alvo, o Governo do Rio Grande do Sul já estuda prorrogar o calendário de imunização contra a gripe. Das cinco milhões de pessoas que deveriam receber a vacina, cerca de 38,5% compareceram às unidades de saúde, faltando 19 dias para o encerramento da Campanha de Vacinação. Atualmente, o público menos vacinado é o dos idosos, que até agora atingiu pouco mais de 50% do total.
De acordo com a enfermeira Elise Denardi Cesar, integrante do Núcleo Estadual de Imunizações, a vacina contra a gripe atua, principalmente, para evitar que a doença chegue da forma mais grave, principalmente nos idosos. “Em anos anteriores, tivemos casos de internações, complicações e até óbitos, por isso é necessário que as pessoas estejam imunizadas”, explica.
Além de reduzir a mortalidade, a vacina contra a gripe diminui a taxa de internações. Neste ano, em decorrência do avanço descontrolado da pandemia de coronavírus, há possibilidade de sobrecarga de atendimento nas próximas semanas, em razão da chegada do inverno e do aumento de problemas respiratórios provocados pelas baixas temperaturas. “Se pensarmos o quanto a pandemia de Covid-19 está sobrecarregando o sistema de saúde, procuraríamos a vacinação, tanto contra o vírus da influenza como para o coronavírus e outras doenças preveníveis pelo calendário de vacinação”, comenta Eliese.
Em Bento Gonçalves, até o fechamento desta matéria, o município já havia imunizado 24.858 doses, ou seja, 50,9% do total, que é de 46.567 pessoas.
É recomendado que ocorra um intervalo mínimo de 14 dias entre as vacinas contra a gripe e contra a Covid-19. Deve-se priorizar a vacinação contra a Covid-19. Se a pessoa apresentar sinais de infecção por coronavírus, deve adiar a vacinação até a recuperação clínica total e, pelo menos, quatro semanas após o início dos sintomas.