Dizem que todos os dias são os das mães. Foi em 5 de maio de 1932 que Getúlio Vargas instituiu a data, mas ela só se consolidou anos depois. “O segundo domingo de maio é consagrado às mães, em comemoração aos sentimentos e virtudes que o amor materno concorre para despertar e desenvolver no coração humano, contribuindo para seu aperfeiçoamento no sentido da bondade e da solidariedade humana”. Assim declara o decreto.
Uma palavra tão pequena que carrega em si um turbilhão de significados. São elas que se desdobram em várias para acolher o filho, que deixam de dar a si para se doar ao outro, que diariamente são desafiadas a terem virtudes além das próprias forças. São vários os tipos, dentre eles existe a mãe duas vezes, a solo, a de coração e a que gera.
Cada uma com suas particularidades, conseguem contribuir para um mundo melhor, deixando sua marca e legado por onde passam.
Mãe de gerações
“Ser mãe é um amor enorme. Vêm os netos e é a mesma coisa. Agora sou mais vó ainda”
Analuiza Gonçalves, 74 anos, pode dizer que é mãe não duas, mas três vezes. Gerou Liliane, Luciane e Maxander, que geraram Lilian, Mateus e Lucas. Há dois meses, Ana sentiu um dos mais nobres dos amores: o de ser bisavó da pequena Louíse.
Para ela, ser mãe é fazer tudo pelos filhos e esse sentimento é passado adiante. “Estou me contendo por causa da pandemia, se não, estaria todos os dias com a Louíse. Onde vou, compro algo para ela. Minha família é o meu grande amor”, destaca.
Ana conta que mesmo que os filhos e netos sejam adultos, ainda fica preocupada com eles. “Minha mãe era assim comigo, herdei dela”, brinca. “Se não estão em casa, não sossego até que não estejam seguros. É um instinto de mãe”, sublinha.
Ana não nasceu em um lar cristão, mas criou a família na igreja. Seu desejo é deixar um legado de fé para a bisneta de dois meses. “Ela sempre foi muito amada, desde o ventre da Lilian. A gente deseja tudo de melhor para os filhos e o mesmo é para os netos e bisnetos. Que seja criada nos caminhos do Senhor. Ela vai ser uma menina muito querida. Já é”, acredita.
Em mais um ano de pandemia, a comemoração do Dia das Mães será mais restrita. A neta Lilian conta que, desta vez, o almoço será apenas com os pais e o irmão Mateus. “Se reunir todo mundo, fica muita gente. A vó Ana nem sempre consegue vir, ainda mais agora. É sempre um mês especial, pois também é o meu aniversário, que é próximo ao das mães. Este ano será ainda mais, porque sempre comemorava com a minha mãe, agora como mãe”, valoriza.
Foto: Willames Tenório Costa/ Arquivo pessoal