Responsável pela paróquia de Santa Teresa há sete anos, o padre Moacir Pauletti, salienta que a vivencia da fé católica é algo muito presente na vida da maioria dos moradores santa-teresenses, tanto da cidade quanto do interior. “É um povo que tem crença em Deus e em suas raízes”, defende.
Um dos destaques apontados pelo pároco, são as grutas naturais que pertencem a Santa Tereza. Locais que simbolizam um pouco da fé dos religiosos. Uma delas é a Gruta Nossa Senhora de Lourdes, localizada na Linha Graciema Baixa. “Onde, em fevereiro, celebramos a missa com a Benção da Saúde”, conta.
Desde maio do ano passado, a gruta está passando por um processo de revitalização. Para facilitar o acesso dos fiéis ao local, foi construída uma escadaria, com cerca de 200 degraus. O investimento por parte do poder público foi de R$241.218,36. A previsão é que em dois meses a obra esteja concluída.
Já a Gruta Nossa Senhora da Uva, está localizada na Linha 130 da Leopoldina. “Lá celebramos a missa festiva, no 4° domingo de janeiro, dando benção para o início da colheita da safra da uva. Depois, novamente, em março”, explica.
Festa da padroeira
Para os santa-teresenses, a principal celebração é a da padroeira Santa Teresa, realizada em torno do dia 15 de outubro. Além disso, de acordo com Pauletti, os munícipes também tem grande devoção ao Santo Antônio. “São duas festas dos santos que a paróquia realiza”, garante.
O pároco acrescenta que as festividades são o ponto auge das comunidades. “É o centro. O pessoal se engaja e organiza a festa. É um grande momento para a comunidade, que envolve todas as pessoas, inclusive os parentes que moram em Bento Gonçalves, Garibaldi e outros lugares”, afirma.
Trajetória marcada na Serra
Pauletti tem a caminhada cristã marcada na Serra Gaúcha. O pároco é natural do município de Nova Roma do Sul, mas nos últimos anos, atuou em Antônio Prado. Posteriormente, foi transferido para a paróquia de Santa Tereza, onde está há sete anos. “Gosto dessa região pela natureza, pelo povo e cultura”, confessa.
O convite para trabalhar em Santa Tereza partiu do Dom Alessandro. “Vim em janeiro de 2014 para cá. Estou aqui, nesse tempo, servindo em nome da Diocese, do bispo, a esta paróquia”, salienta.
Sobre a transição de cidades, Pauletti afirma que é algo natural “É normal que nós, padres, a cada tempo, entre cinco a oito anos, tenhamos transferência. Temos que estar preparados para isso”, afirma.
Torre da igreja é marco histórico
Pauletti destaca que a construção da torre da igreja da cidade é considerada um marco histórico. De acordo com registros, o campanário foi projetado por Massimiliano Cremonese, em meados de 1927, a convite do padre José Ferlin. A construção começou no dia 10 de outubro do ano seguinte.
Interrompida por falta de verbas. Só em 1932, o então pároco da época, Edígio Zamboni, percorreu a comunidade em busca de recursos financeiros para conclui-la em 1934. Já a igreja, foi inaugurada oficialmente em 1971.