A primeira pessoa a ser ouvida na CPI da Pandemia do Senado, instalada nesta terça-feira, 27, será o ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. De acordo com os membros da comissão, a oitiva está marcada para a terça-feira, 4 de maio. Entre os questionamentos que deverão ser levantados está a compra de remédios sem eficácia comprovada, como a cloroquina e também sobre o processo de aquisições de vacinas contra a covid-19.
A expectativa é de outros ex-ministros da pasta Nelson Teich, Eduardo Pazuello, e o atual, Marcelo Queiroga, e o presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres, também devem ser ouvidos ao longo do processo. A comissão quer ouvir também o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o ex-ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo.
Nesta terça-feira, 27, o senador Renan Calheiros (MDB) foi escolhido como relator da CPI. Ele apresentou o plano de trabalho ao colegiado. Os demais membros da CPI tem até quarta-feira, 28, para apresentarem sugestões ao documento. Por determinação do presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), as reuniões serão de forma semipresencial. Os integrantes da comissão que sempre estarão nas sessões presenciais serão ele, o vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), e o relator.
Além de apurar se houve negligência do Governo Federal no combate a pandemia, a CPI deverá analisar os gastos dos governos estaduais e municipais. Para isso, a Procuradoria-Geral da República (PGR), pela Polícia Federal (PF), pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e pelos tribunais de contas estaduais serão acionados para auxiliar na CPI.
Foto: Marcello Casal Jr / Agência Brasil